Maternidade Cândido Mariano vai aumentar número de cirurgias para correção de fissura labiopalatina
Uma boa notícia para as famílias que esperam, na fila, pela oportunidade de realizar uma cirurgia corretiva de fissura labiopalatina pelo SUS: a Maternidade Cândido Mariano, hospital de Campo Grande que se credenciou para a realização dos procedimentos em Mato Grosso do Sul, deve aumentar o número de cirurgias de 2 para 4 por semana, agora, no mês de agosto. A informação é da própria entidade, que vem realizando as cirurgias com uma equipe composta por dois cirurgiões plásticos: a médica Fernanda Saturnino Paradiso, parceira da Funcraf e o diretor-clínico da Fundação, Bruno Ayub. 12 correções já foram realizadas, desde que o ambulatório foi inaugurado na Maternidade, em maio desse ano.
Antes, a situação das crianças e dos bebês que nasciam com essa malformação congênita, a mais comum entre as que acometem a face, era ainda mais difícil. Todos tinham de ser encaminhados, via TFD (Tratamento Fora do Domicílio) para o HRAC/centrinho-USP em Bauru, pólo de referência no Brasil e que, por isso, atendia demandas por cirurgia do país inteiro. Mas o centrinho parou de atender dessa forma, e com o agravante da pandemia, as cirurgias deixaram de ser feitas, o que ocasionou a interrupção dos procedimentos por dois anos. Com isso, surgiu uma fila com 194 pacientes no Estado, todos à espera de uma chance para operar.
Ao saber dessa demanda reprimida, através da responsável técnica da Funcraf-MS (Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Craniofaciais), Ana Cláudia Amaral, o Deputado Geraldo Resende viabilizou junto à Secretaria Estadual de Saúde, a inserção dos pacientes da Fundação no Programa da SES (Secretaria Estadual de Saúde) “MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila”, isso possibilitou a contratação dessas cirurgias pelo Estado. No início, até por questões de adequação, a Maternidade estava realizando apenas 2 cirurgias por semana, e um problema com a regulação dos pacientes do interior acabou por interferir no andamento. Mas uma reunião com a Secretaria Estadual de Saúde foi realizada, e essa questão envolvendo o SISREG (Sistema de regulação) foi resolvida.
A meta agora é realizar 16 cirurgias por mês. Essa é uma luta antiga do Deputado Geraldo que, enquanto Secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, ainda em 2021, lutou para direcionar R$ 3.207.600,00 para atender a esse tipo de carência da população: cirurgias específicas, como são as de fissuras labiopalatinas. A maior preocupação é com o período certo para que as crianças passem pela cirurgia sem desenvolver sequelas. O tempo ideal da primeira cirurgia de lábio é de 3 à 6 meses de idade, e do palato (céu da boca) é, a partir de 12 meses.