Geraldo cobra sintonia do governo com Estados e Municípios no combate ao Zika
26/02/2016 15h49
O atual quadro epidemiológico da zika vírus no Brasil foi tema de audiência pública quinta-feira (25) na Comissão Externa destinada a acompanhar as ações da zika vírus. Com a participação do secretário-executivo substituto do Ministério da Saúde, Neilton Araújo de Oliveira, os parlamentares discutiram o quadro gravíssimo de epidemia que o País enfrenta.
Preocupado com os crescentes casos de suspeita de zika vírus no Mato Grosso do Sul, o deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS) fez um alerta durante a audiência pública. Na avaliação dele, “é primordial que ocorra um trabalho imediato e de curto prazo do Ministério da Saúde, em sintonia com os governos dos estados e municípios para que essas amostras sejam colhidas e analisadas corretamente, sem prejudicar os pacientes”, disse.
Atualmente, a zika está presente em 113 países, a maioria deles no localizados no hemisfério sul, sobretudo nos países da África, Ásia e América Latina. De acordo com levantamento do ministério, pelo menos 2,6 bilhões de pessoas em todo mundo já foram vítimas de um dos quatro tipos de soro transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, sendo que 50 milhões são infectadas anualmente.
No Brasil, segundo o secretário-executivo, há 5.640 casos de crianças suspeitas com microcefalia, sendo que 120 já foram a óbito. O Nordeste concentra 82% dos casos, sendo liderado por Pernambuco com 1.601, seguido pela Paraíba com 790 e, fechando com 775 casos confirmados na Bahia. A região Centro-Oeste possui 213 casos sob investigação, sendo que um foi confirmado em Campo Grande e outros 15 foram descartados.
O parlamentar Sul mato-grossense também alertou que os estados têm enfrentado inúmeras dificuldades para diagnosticar a zika. “Cada unidade da federação tem utilizado metodologias diferentes, como Rio Grande do Sul e de São Paulo. É muito importante que os todos respondam de maneira uniforme para que não haja distorções sobre o número de casos de Zika e microcefalia”, destacou Geraldo Resende.
Lacen
O deputado Geraldo Resende revelou que o Laboratório Central (Lacen), em Campo Grande, tem enfrentado inúmeras dificuldades para realizar a triagem das amostras que chegam da rede pública de saúde do Mato Grosso do Sul. De acordo com relatos que chegaram até ao parlamentar, existem suspeitas de materiais que são classificados como insuficientes para serem submetidos a triagem.
“A comissão tem o dever de acompanhar e fiscalizar laboratórios, hospitais, instituições, fundações e todos os atores envolvidos direta ou indiretamente, para que seja assegurado à população a garantia de que todos os exames e amostras sejam analisadas”, concluiu Geraldo Resende.