Diretor da Intelimed apresentou Habeas Corpus para ficar calado em CPI

10/06/2015 09h34

Luiz Souza Fidelix é investigado por pagamento de propinas para médicos no Brasil e no México. O jornal The New York Times publicou matérias sobre as ações da Intelimed

A audiência de quarta-feira (10) da Comissão Interparlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia das Próteses e Órteses, presidida pelo deputado Geraldo Resende (PMDB/MS), ouvirá o diretor financeiro da Intelimed Luiz Souza Fidelix. O diretor já apresentou Habeas Corpus alegando o direito de constitucional de ficar em silêncio.

Fidelix está sendo investigado por comprar materiais médicos da Biomet, empresa acusada de pagamento de propinas aos médicos brasileiros e mexicanos. Um dos principais profissionais investigado, o médico Fernando Sanshis, tem contrato de exclusividade com a empresa de Fidelix.

A CPI também vai ouvir Miguel Skin, sócio-gerente da Oscar Skin, Fernando Strehl, administrador da Strhl e José Paulo Wincheski, sócio-gerente da IOL Implantes, investigados de participação do esquema da Máfia das Próteses.

Sobre a CPI

No dia 4 de janeiro, uma reportagem exibida no programa Fantástico, da Rede Globo, chocou a população revelando o esquema de corrupção que funcionava na rede pública e particular que ficou conhecido como “Máfia das Próteses”, responsável por superfaturamento no valor de cirurgias e de próteses, órteses e materiais especiais, pagamento de comissão para médicos utilizarem produtos específicos e em maior quantidade que o recomendado e, o pior: a realização de cirurgias desnecessárias que colocavam em risco a saúde de pacientes.

Requerida e presidida pelo deputado federal Geraldo Resende (PMDB – RS), a CPI foi instaurada no dia 26 de fevereiro, já ouviu Giovani Grizotti, jornalista responsável pela reportagem investigativa do Fantástico; o ministro da saúde, Arthur Chioro; o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Jaime César Moura Oliveira; os desembargadores João Barcelos de Souza Júnior e New Wiedmann; o médico Fernando Sanchis; os representantes das empresas Brumed, Orcimed, Intelimed, Síntese e Gusson; advogada Niele de Campos, Mário José Bueno, representante do Hospital Federal dos Servidores, Luis Carlos Moreno de Andrade, do Hospital de Bom Sucesso do Rio de Janeiro, entre outros.


Comissão segue ouvindo investigados de participação na máfia das próteses

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