Zelando pela saúde da mulher e da criança
Zelando pela saúde da mulher e da criança
Tive o prazer de participar, no último dia 1.º, de uma reunião no Ministério da Saúde da qual participaram ainda, o reitor da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) Damião Duque de Farias, o diretor administrativo e financeiro do Hospital Universitário, professor Rosemar Hall e a diretora-presidente do HU Dinaci Ranzi, ocasião em que discutimos a proposta de implantação do Instituto da Mulher e da Criança.
Nossa alegria foi maior porque, ao final da reunião, a sensação que tivemos é a de que esta já é uma proposta vitoriosa, fruto de um projeto muito bem elaborado pela direção e técnicos da UFGD e do bom entrosamento que temos junto ao ministro José Gomes Temporão, que é do meu partido, o PMDB, o qual aprovou e prometeu viabilizar os recursos para a sua consecução.
A implantação do Instituto da Mulher e da Criança é uma idéia que estamos discutindo já há algum tempo com a direção da UFGD, que também entende a necessidade e importância dessa estrutura para a saúde pública de Dourados e região e para a formação acadêmica dos universitários dos cursos da área de saúde.
Particularmente, eu que fui um dos que lutaram pela criação da UFGD e que na condição de secretário estadual de Saúde tive a honra de concluir as obras físicas do HU (antigamente conhecido como Santa Casa) e de entregá-lo com alguns equipamentos; e que sou membro da Frente Parlamentar da Saúde, acredito que a implantação desse Instituto vai de encontro com a proposta de fortalecimento do SUS – Sistema Único de Saúde, pelo qual tanto lutamos.
Para conhecimento dos leitores, aproveito esse generoso espaço que o “Diário MS” nos oferta para transcrever, na íntegra, trechos do projeto que a UFGD entregou ao ministro Temporão. Seguem:
O Hospital Universitário da UFGD vem firmar com este Projeto o compromisso de estabelecer o funcionamento do Instituto da Mulher e da Criança, em 100% SUS, baseado na qualificação, na redução e controle de riscos aos usuários e ao meio ambiente, e na humanização da atenção e gestão.
É importante, ainda, considerar que através da viabilização deste Projeto poderemos organizar de forma efetiva e responsável a residência médica em Pediatria que terá o seu início no ano de 2010, e em Ginecologia e Obstetrícia nos anos seguintes, levando-se em consideração a importância e da necessidade de profissionais nessas áreas para a região da Grande Dourados.
“O Instituto da Mulher e da Criança significará a qualificação da atenção à saúde, oportunizando à população da região o atendimento em nível de alta complexidade em diversas especialidades, favorecendo, desse modo, a assistência às mulheres e às crianças de todo o Estado de Mato Grosso do Sul, na mesma medida em que desfavorece a concentração da demanda na Capital, Campo Grande.
“Salientamos, também, que na área de Pediatria o HU/UFGD já é referência exclusiva em alta complexidade no atendimento aos Povos Indígenas da Região da Grande Dourados, com uma população estimada em 60 mil Índios. Desenvolve-se, ali, a assistência de maneira diferenciada, com respeito à cultura indígena, um programa de humanização e acolhimento, em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), que visa a minimizar o sofrimento do paciente decorrente de problemas de saúde e a valorizar os relacionamentos interculturais, inclusive com a presença de intérpretes da Língua Guarani.
“Enfim, com a construção do Instituto da Mulher e da Criança o Hospital Universitário poderá oferecer, ainda mais, aos usuários do Sistema Único de Saúde serviços de qualidade, ampliando a sua complexidade conforme necessidade da macrorregião de Dourados, que tem peculiaridades diferentes do Estado e do Brasil.
“Considerando que para melhor atender ao usuário de saúde da região, a construção do Instituto da Mulher e da Criança deverá contar com uma estrutura de 5.200 m², interligado à estrutura existente, de forma que possa oferecer com qualidade e resolutividade os serviços necessários aos usuários do Sistema Único de Saúde.
“O HU/UFGD oferecerá a seguinte estrutura de acolhimento aos usuários de saúde: 42 - leitos de enfermaria para Obstetrícia; 16 - leitos de enfermaria para Ginecologia; 30 - leitos de Pediatria; 10 - leitos de Pediatria de isolamento; 12 - leitos de UTI Neonatal; 22 - leitos de UTI Intermediária; 04 - leitos de repouso para acompanhante; 06 - leitos para isolamento; 08 - salas para ambulatório; 06 - leitos para Hospital/dia; 04 - leitos para observação; 04 - leitos para PPP (pré parto, parto e puerperio); 03 - salas de cirurgias; 02 - salas para partos; 01 - banco de leite; 02 - sala de reuniões; 01 – auditório.
A área de construção para o Instituto da Mulher e da Criança, conforme projeto arquitetônico elaborado após levantamento de necessidades em audiências com profissionais do setor, foi estimada em 5.200 m² com previsão de custos R$2.500,00/m², totalizando R$ 13.000,000,00 (treze milhões de reais), sendo estes divididos em duas etapas: R$ 6.500.000,00 em 2009, e R$ 6.500.000,00, 2010.