Mulheres que fazem valer a história

Mulheres que fazem valer a história

Desde 1910, o dia 8 de março – Dia Internacional da Mulher – tem servido de referência para a realização de debates, conferências e reuniões em vários países. O objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual.

Minhas palavras para reverenciar essa data são simples. Como é simples a homenagem que presto hoje, embora carregada de todo o sentimento de reconhecimento do papel das mulheres na construção de uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.

Seria redundante falar aqui de suas conquistas e de sua contribuição nos novos rumos da história da humanidade. Por isso, tomo a liberdade de fazer desse Dia Internacional da Mulher um ato de homenagem.

Por primeiro, faço um cumprimento especial às mulheres parlamentares. Nossas companheiras, parceiras de trabalho no Congresso Nacional. Pela atuação firme, inteligente e sensível, engrandecendo os debates e contribuindo cada vez mais na consolidação de nossa democracia.

Gostaria ainda de lembrar algumas mulheres pioneiras, que romperam as barreiras de seu tempo e estabeleceram uma nova ordem. Em nome dessas mulheres, pela sua luta e pela sua coragem, faço minha homenagem a todas as mulheres.

Mulheres como Chiquinha Gonzaga, que em 1885 foi a primeira mulher no Brasil a reger uma orquestra. Como Rita Lobato Velho, que dois anos depois de Chiquinha, obteve o título de médica. Como a nadadora Maria Lenk, que em 1932, com 17 anos, foi a primeira atleta brasileira a participar de uma Olimpíada.

A Assembléia Constituinte de 1933 elegeu 214 deputados e apenas uma mulher: Carlota Pereira de Queiroz. Era um marco, o início da participação das mulheres no Parlamento brasileiro.

São tantos exemplos de luta e determinação que corro o enorme de risco de cometer injustiças. Não poderia, no entanto, deixar de citar Alzira Soriano de Souza, a primeira prefeita eleita no Brasil; Maria Ester Andion Bueno, a nossa tenista que conquistou os quatro torneios do Grand Slam; Eunice Michilles, a primeira mulher a ocupar uma vaga de Senadora da República.

A escritora Nélida Piñon, a primeira mulher a comandar a Academia Brasileira de Letras. A nossa Raquel de Queiroz. A dupla Jaqueline e Sandra, que pela primeira vez conquistaram para o Brasil a Medalha de Ouro no vôlei de praia. A nadadora Fabiana Sugimori, portadora de deficiência visual, foi para Sidney na Austrália em 2000 e trouxe a medalha de ouro nos 50 metros livres.

Quando volto os olhos para o nosso Estado é impossível deixar de lembrar a professora Olívia Enciso, primeira vereadora eleita em Campo Grande, deputada estadual, incansável defensora da Educação e que estaria completando cem anos agora em 2009. Em minha Dourados querida tenho o exemplo de Adiles Torres, mulher determinada, exemplo de coragem e perseverança que orgulha a todos nós douradenses.

Nas conquistas, nas vitórias, nas lutas dessas bravas mulheres brasileiras, presto aqui a minha homenagem e o meu reconhecimento a todas as mulheres. Àquelas que, com seu trabalho diário, cotidiano e anônimo emprestam garra e coragem. E transformam os rumos da nossa civilização.


Anterior
Anterior

Agentes comunitários: vitória!

Próximo
Próximo

HU de Dourados e algumas verdades