Geraldo Resende pede inspeção do CRM em unidades de saúde de Dourados

Fachada da Clínica da Mulher de Dourados, totalmente deteriorada é um exemplo de estruturas que necessitam de reforma urgente (Foto: Ricardo Minella)

O deputado federal Geraldo Resende protocolou, na semana passada, uma representação junto ao Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM/MS), solicitando uma inspeção urgente em diversas unidades de saúde de Dourados. O objetivo é verificar as condições de trabalho de médicos, enfermeiros e demais profissionais, bem como a qualidade do atendimento prestado à população.

Segundo o parlamentar, a situação da saúde pública no município é “crítica e precária”, com problemas graves de infraestrutura em unidades básicas e na Clínica da Mulher, além de deficiências no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e na Central de Regulação das Urgências.

“As condições atuais comprometem o exercício da medicina, colocam em risco a segurança dos profissionais e ferem a dignidade da população que precisa de atendimento”, afirmou.

Nas instalações públicas de saúde encontram-se paredes com mofo e rachaduras, goteiras no teto, além de toda a parte elétrica e hidráulica estarem completamente comprometidas, colocando em risco os profissionais e os pacientes que procuram atendimento nessas unidades básicas e na clínica da mulher. Além dos problemas de infraestrutura, os equipamentos estão sucateados e com mobílias quebradas, ou seja, o paciente sequer tem um lugar para sentar confortavelmente e esperar pelo atendimento.

Convênios parados

Geraldo lembrou que, no dia 30 de março de 2022, último dia como secretário estadual de Saúde, deixou firmados convênios com previsão de recursos para a reforma e revitalização dessas estruturas.

Foram contempladas as UBS da Vila São Pedro, de Indápolis, do Jardim Maracanã e a Clínica da Mulher “Enfermeira Anamaria Carneiro”. Juntas, as obras somavam mais de R$ 3,4 milhões em investimentos. “Infelizmente, até hoje nada foi executado, e os problemas permanecem afetando diretamente usuários e trabalhadores da saúde”, lamentou.

A representação cita infiltrações, instalações elétricas precárias, entulhos acumulados e risco de desabamento em estruturas como a marquise da Clínica da Mulher. O documento também denuncia a falta de leitos no Hospital da Vida, que opera em constante superlotação, e o risco de colapso na regulação do SAMU, que passou a funcionar com apenas um médico regulador por turno, medida considerada incompatível com a demanda da região.

Na avaliação do deputado, cabe ao CRM/MS uma atuação incisiva e imediata para resguardar tanto a classe médica quanto a população. “A fiscalização é fundamental para que se identifiquem responsabilidades e se assegure que o serviço público de saúde em Dourados seja oferecido com dignidade e segurança”, destacou.

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