Em Brasília, Geraldo e Barbosinha cobram mais segurança para região de fronteira

05/05/2016 18h37

Por solicitação do deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS), o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, o Barbosinha, foi recebido quarta-feira (04) na Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, para cobrarem mais uma vez que seja liberado recursos através de convênios que já foram firmados com o Governo Federal.

Entre os convênios discutidos está o de cooperação que destina veículos, armas e equipamentos eletrônicos, provenientes do legado das Copas das Confederações (2013) e do Mundo (2014). O objetivo visa reforçar a frota de viaturas das polícias militar e civil, perícia e do corpo de bombeiros, considerado primordial para as ações de combate à violência e no atendimento de urgência.

"Mato Grosso do Sul possui grandes faixas de fronteira com a Bolívia e o Paraguai, países com elevado potencial no tráfico de drogas, contrabando e violência. E a nossa polícia é quem fica no fronte pelo país inteiro, tentando impedir diariamente a entrada de entorpecentes e produtos falsificados. A presença maior da força policial vai reforçar a segurança e mapear melhor as ações dos criminosos", afirmou o Geraldo Resende.

Na mesma linha, o secretário José Carlos Barbosa disse que esses veículos já deveriam ser destinados, mas ainda aguardam a liberação do Ministério da Justiça. "Tivemos um bom encaminhamento sobre os veículos. São caminhonetes, modelo S10, prontas, equipadas e à espera de serem retiradas do pátio da Força Nacional. Falta apenas Ministério sanar questões burocráticas, mas que agora devem ser agilizadas e vencidas", afirmou.

Presídios

A precária situação dos presídios e a falta de investimentos, em função de recursos não repassados do governo federal também foi amplamente discutida. De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, atualmente Mato Grosso do Sul abriga cerca de 15 mil presos para apenas 8 mil vagas, sendo que seis mil são por tráfico de drogas.

"É preciso que o governo federal dê sua contribuição. Nós recebemos muito pouco para uma polícia que tem feito o seu papel de proteger o Brasil. O Estado do Mato Grosso do Sul gasta aproximadamente R$ 242 milhões por ano para custear os internos. Nosso sistema penitenciário já ultrapassou o limite. Nós precisamos da presença da União no cuidado com as fronteiras, sobretudo na construção de novos presídios e a manutenção deles", explicou Barbosinha.

Geraldo Resende alertou que o presídio de Dourados, projetado para abrigar 750 interno está três vezes com a sua capacidade ultrapassada. "Temos um penitenciária com 2497 presos. Muitos deles retornam às ruas por determinação do juiz, que entende que a cadeia não tem mais lugar para abrigar nem mais um preso sequer, e aí a população fica exposta à violência", disse.

O deputado citou ainda números do Governo do Estado, segundo os quais pelo menos 157 kg de maconha são apreendidas por dia em Mato Grosso do Sul, totalizando, em média, 57 mil toneladas de drogas que entram pelo país através da fronteira com a Bolívia e o Paraguai.


Geraldo Resende e Barbosinha em audiência na Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça

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