Caos na saúde: Geraldo propõe mutirão pela vida
Deputado diz que nova administração deverá solicitar consultoria de especialistas para fazer diagnóstico e apontar soluções
O deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS) disse nesta quarta-feira, 9, ser inegável a situação de calamidade em que se encontra a saúde pública em Dourados e lamenta que diante de tantos projetos e obras com recursos já viabilizados, a solução dos problemas segue emperrada em razão de questões burocráticas.
Ele lembra que há três anos alocou recursos para várias obras, dentre as quais, reforma do Hospital da Vida e para a construção e equipamentos da Clínica da Mulher, mas por descompromisso de administrações anteriores ficaram ‘engavetadas’. Agora, segundo Geraldo, diante de nova administração, a situação de caos tem que mudar, por meio da realização de um “mutirão pela vida”.
Essa semana, em audiência com o ministro da Saúde Alexandre Padilha, o deputado relatou a difícil situação em que se encontra a saúde pública de Dourados e o compromisso do novo prefeito de, em 90 dias, dar solução aos problemas encontrados.
Nessa audiência, Geraldo Resende conseguiu a liberação da segunda parcela dos recursos para a obra da UPA – Unidade de Pronto Atendimento -, que vai desafogar as unidades básicas, totalizando 75% dos recursos já liberados para a obra. “Agora vamos trabalhar para viabilizar os equipamentos necessários, o que possibilitará a sua inauguração no aniversário da cidade, em 20 de dezembro.
A UPA de Dourados está sendo construída à Rua Coronel Ponciano, ao lado do conjunto habitacional Terra Roxa, em área cedida pelo Município. De acordo com o projeto, a população de Dourados será contemplada com a UPA do Porte III. Isso significa uma estrutura avançada com pronto-socorro 24h, capacidade para até 450 pacientes/dia e de 13 a 20 leitos de observação.
Mas há outras obras como as construções de novos postos de saúde, algumas em andamento e outras ainda dependendo de ordens de serviço, que também foram prejudicadas pela crise político-institucional e que devem ser retomadas pelo prefeito eleito Murilo Zauith (DEM).
“A calamidade na saúde coloca em risco a vida das pessoas e a Prefeitura, ao lado do apoio da bancada, deve buscar a Secretaria de Saúde do Estado, que poderá contratar consultoria de instituições renomadas como a UNIFESP, para realizar um diagnóstico e apontar caminhos para tirar a saúde do caos”, salienta o deputado.
Geraldo afirma que além da estrutura física que está sendo viabilizada e da consultoria que deve ser buscada junto a entidades consagradas no país é importante a motivação dos servidores da área de saúde “principalmente devolvendo a eles a auto-estima e compreensão do que é servidor público e apontando para a instituição do PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) há tanto tempo pleiteado, e ao mesmo tempo valorizando os servidores efetivos”.
Outras obras
Segundo Geraldo Resende, a liberação de R$ 1,690 milhão, correspondente a mais 65% para a obra da UPA, fará com que a obra não sofra solução de continuidade e esteja concluída até o final do ano. Ele cita, ainda, o projeto do IMC – Instituto da Mulher e da Criança, que deve resolver grande parte dos problemas da saúde, projeto para o qual o deputado viabilizou R$ 12,9 milhões no Ministério da Saúde e terá quase R$ 6 milhões em investimentos da UFGD – Universidade Federal da Grande Dourados.
A Clínica da Mulher tem R$ 901.550,00 liberados, mais R$ 443.487,93 para a compra de equipamentos empenhados desde 31 de dezembro de 2007, portanto há 3 anos. Já o Hospital da Vida (antigo Hospital de Urgência e Traumas) tem R$ 1.346.269,70 para reforma e ampliação. No total, são R$ 2.691.307,63 destinados ao setor da Saúde e que estão engavetados.
O deputado lembra ainda que viabilizou recursos para a construção de 14 novos postos de saúde em Dourados, dos quais, dois estão quase concluídos (Campo Dourado e Jardim Oliveira II); dois outros tiveram falhas nos projetos e também poderão ser retomados nos próximos dias (Jardim Guaicurus e Altos da Monte Alegre); e dois que ainda não foram licitados (Vila Industrial e Altos do Indaiá), além da falta de início aos oito novos projetos que conseguimos inserir no PAC 2 recentemente.
“Estamos fazendo nosso papel. Ao lado da UPA, dos 14 novos postos de saúde, da ampliação do Hospital da Vida, do início e compra equipamentos para a Clínica da Mulher, do Instituto da Mulher e da Criança e dos novos postos de saúde, faremos com que a estrutura física da saúde em Dourados, seja a mais adequada do país”.
