Após conquistar rede de água, Sitioca pede urbanização

Moradores pedem ao deputado Geraldo Resende apoio para levar serviços básicos ao bairro

Há 18 anos era um núcleo de pequenos sítios e chácaras a aproximadamente 1 km do perímetro urbano de Dourados. Fora do Plano Diretor, a área, denominada Sitioca, não pôde receber benfeitorias, mas agora, engolida pelo crescimento urbano, ressente a falta de serviços públicos essenciais. Nesta segunda-feira as 380 famílias do bairro poderão usufruir da água tratada, último serviço primordial que faltava no loteamento.

Para o presidente da Associação dos Moradores. Carlos Renovato, o fato é comemorado, mas também marca o início de uma nova luta, pelas obras de complementação urbana. “Estávamos à margem dos projetos de urbanização da cidade, agora queremos fazer parte do desenvolvimento e para isso contamos com o apoio do deputado federal Geraldo Resende“, diz. Segundo ele, desde 2008 a área foi incorporada ao perímetro urbano, passando a ser um loteamento regular.

Segundo Renovato, agora a população quer benfeitorias e obras de complementação urbana, além de serviços essenciais à melhora da qualidade de vida da população, como escola, unidade de saúde, além da reestruturação do arruamento, com cascalhamento do corredor de ônibus e limpeza.

Água com formiga

A implantação da rede de água no bairro Sitioca foi concluída na sexta-feira com os testes de vazão. A partir desta segunda-feira a água vai jorrar em todas as torneiras. Todos os domicílios tem a estrutura da rede, cabendo a cada morador instalar a torneira no cavalete e estender a canalização.

Segundo Renovato, a rede de água era o último serviço básico que faltava no bairro, agora a população luta por benfeitorias e obras de complementação urbana e benfeitorias essenciais à melhora da qualidade de vida da população, como escola, unidade de saúde, além da reestruturação do arruamento, com cascalhamento do corredor de ônibus e limpeza.

Para dona Maria Aparecida Rail Silva, 45, moradora no bairro há 14 anos, a chegada da água encanada é um alívio, porque embora a área tenha água de boa qualidade nos poços perfurados no terreno, sempre ocorria a contaminação em razão das galerias de formigas. “Sempre que chove há infiltração e a água fica suja”, diz dona Maria, que quer ser a primeira a abrir a torneira.

A rede do abastecimento de água instalada no bairro está interligada ao reservatório do BNH 4º Plano. Quando a obra foi lançada, em março do ano passado, eram 262 famílias morando no bairro. Hoje já são 380. O investimento é resultado de articulação política do deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS), que buscou apoio do governador André Puccinelli e recursos do PAC/Funasa.

Foram gastos R$ 419.984,55 na instalação de uma adutora e rede de 9,4 quilômetros de extensão, com 208 ligações domiciliares. Cada ligação pode atender até quatro famílias, mas o sistema é suficiente para atender em torno de 1.300 pessoas.

Abandono

O presidente da Associação de Moradores disse que levou ao prefeito Murilo Zauith algumas reivindicações, mencionando a falta de iluminação pública, o problema do transporte e a falta de cuidados do poder público em relação a uma área de preservação ambiental na entrada do bairro. “Os ônibus não circulam pelas vias onde os moradores precisam de transporte porque elas estão intransitáveis”.

Segundo Renovato, a Prefeitura informou que o cascalhamento deve demorar porque implica em custo que exige processo licitatório.

“Saneamento básico também é saúde, daí a satisfação dos moradores. Chegamos ao fim de uma luta de mais de 10 anos, agora temos outros desafios e a nova luta agora será pela urbanização. A entrada do bairro e até o acesso a Dourados através da BR-463 estão abandonados, tomados pelo mato”, diz o presidente da Associação de Moradores.


Ônibus percorre apenas uma rua do bairro, única que tem condições de tráfego.(Foto: Edmir Conceição)
Carlos Renovato, presidente da Associação de Moradores, acompanha testes de vazão na rede de água. (Foto: Edmir Conceição)
Intocável, área de preservação está sem nenhum cuidado por parte do poder público e água de mina escorre pelas ruas. (Foto: Edmir Conceição)
Dona Maria Aparecida Rail da Silva, moradora na no bairro há 14 anos, diz que Sitioca precisa de urbanização. (Foto: Edmir Conceição).
Sem arruamento e roçadas, acesso dos moradores às suas casas é difícil. (Foto: Edmir Conceição)
Geraldo esteve há 1 ano na Sitioca para o lançamento da rede de água. (Foto: Arquivo)
Corredor nº 11, única via de ônibus. Matagal esconde as casas. (Foto: Edmir Conceição)

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