Ministro do Esporte garante programas na Vila Olímpica
A prefeitura de Dourados deve cadastrar propostas para receber recursos de custeio dos programas ‘Segundo Tempo’ e ‘Esporte e Lazer da Cidade’
01/12/2011
O ministro do Esporte Aldo Rebelo confirmou ao deputado federal Geraldo Resende (PMDB) a intenção de implementar, na Vila Olímpica Indígena de Dourados, programas de custeio para atividades no local, como os programas "Segundo Tempo" e "Esporte e Lazer na Cidade (PELC)". O anuncio foi feito na manhã desta quinta-feira, 01, em audiência com o deputado, que é coordenador da bancada de Mato Grosso do Sul no Congresso.
Para que os programas sejam implementados na reserva indígena, no entanto, a Prefeitura de Dourados terá que cadastrar as propostas para os dois programas. "Na audiência, falei mais uma vez da importância da Vila Olímpica Indígena e dos motivos que nos levaram a propor aquela estrutura, que foi inaugurada no último dia 9 de maio, mas que até agora não está em funcionamento. Percebi, no ministro, a real interesse em resolver esta questão", explica Geraldo.
Durante o encontro, Geraldo Resende entregou ao ministro um histórico da luta pela edificação da primeira Vila Olímpica do país, que resultou num investimento de mais de R$ 1,4 milhão, viabilizado por meio de emendas do parlamentar. O deputado também relatou a questão da violência na reserva indígena e reiterou o pedido para criação de uma polícia comunitária.
"Falei ao ministro sobre a necessidade de fazer, da Vila Olímpica, também um local de formação de recursos humanos, que venha a qualificar os jovens para que sejam verdadeiros agentes da cidadania", salienta Geraldo Resende. "O ministro foi sensível e acenou positivamente ao pedido da polícia comunitária".
Programas
O programa ‘Segundo Tempo’ tem como ações financiar a capacitação de gestores e monitores, e promover práticas esportivas para alunos do ensino médio e superior, tendo como principal objetivo proporcionar uma alternativa para jovens carentes. Já o PELC financia a construção de políticas públicas por 24 meses, até a apropriação das atividades pela administração local. Também estão previstas: contratação de agentes, organização de eventos, além de aquisição de materiais.
O vácuo na gestão do complexo esportivo já estava gerando a degradação do espaço, fechado há seis meses. Provocado pelo deputado Geraldo Resende em maio, o Ministério Público Federal (MPF), definiu no último dia 28 que, a gestão da Vila Olímpica é de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Dourados, publicando um Termo de Ajuste de Conduta, conforme consta na cláusula "m" de convênio assinado pelo ex-prefeito Laerte Tetila e o Ministério do Esporte, ainda em 2006.
A Vila Olímpica Indígena foi construída entre as aldeias Jaguapiru e Bororó como resposta aos problemas sociais de desnutrição, violência e drogas vivenciados na localidade. A estrutura foi inaugurada no dia nove de maio deste ano e, desde então, está de portões fechados e sem nenhuma atividade.
Além de ter viabilizado os recursos, após a inauguração, Geraldo Resende não ficou parado. Manteve audiências no Ministério do Esporte, na Casa Civil da Presidência da República, no Ministério das Relações Institucionais e em outras instâncias do Poder Executivo. Como resultado, estão acontecendo as tratativas que vão, finalmente, propiciar a ativação da Vila Olímpica Indígena.