Geraldo articula inclusão da PEC 300 na pauta de votação
Deputado recebe comissão, participa de lançamento de frente parlamentar e diz que pressão dos policiais e bombeiros por um piso nacional é legítima
O deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS) recebeu nesta terça-feira representantes de Mato Grosso do Sul do movimento pela defesa da unificação do piso dos policiais militares e bombeiros. Os representantes dos policiais - Robson Barros, da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul; e sargentos Lorenzetti, Ricardo e Mônaco, da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros de MS - foram recebidos juntos com o deputado estadual Cabo Almi (PT) e o deputado federal Vander Loubet (PT-MS).
Os policiais iniciaram o trabalho de convencimento dos parlamentares pelo gabinete do coordenador da bancada federal, deputado Geraldo Resende. “É fundamental dialogar com as lideranças dos partidos, mas acredito que apenas conseguiremos sensibilizar os colegas no segundo semestre”, previu Geraldo.
Geraldo Resende manifestou apoio à mobilização e disse que a pressão sobre os parlamentares ‘é legítima’. Nesse sentido, se prontificou em participar das articulações com o objetivo de colocar a PEC 300 na pauta de votações da Câmara. A mobilização dos policiais e dos bombeiros foi deflagrada nesta terça-feira e prossegue nesta quarta-feira em Brasília.
A versão final do projeto, que aguarda votação em segundo turno, é o texto da PEC 446, apensada à PEC 300, que foi aprovada por unanimidade no dia seis de julho do ano passado. A tramitação da PEC 300 parou em março de 2010.
Entre os pontos polêmicos, está a criação de um fundo para bancar o aumento salarial dos policiais e bombeiros nos Estados.
“O presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT), deve reunir todas as proposições que atendem as demandas dos profissionais de segurança e montar um grupo de estudo”, informou Resende ao explicar que vai intensificar as articulações para assegurar uma tramitação rápida da PEC.
Não há consenso na base governista e a orientação do Palácio do Planalto é pela rejeição, sob o argumento de que a medida pode inviabilizar as finanças nos Estados. Também há pressão dos governadores, que temem não ter condições de arcar com o novo piso.
A proposta aumenta para R$ 3,5 mil o salário inicial dos praças e para R$ 7 mil a remuneração dos oficiais. Atualmente, a média nacional é de R$ 1.814,96. Os policiais querem a unificação do piso com base na remuneração paga aos policias e bombeiros do Distrito Federal.
Frente Parlamentar
O deputado Geraldo Resende também participou do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da PEC 300. “Faço parte da Frente e defendo a criação de um piso salarial justo aos profissionais que dão as suas vidas para salvaguardar as nossas”, disse. O lançamento da frente contou com a presença dos deputados Arnaldo Farias de Sá (PTB-SP) e Delegado Protógenes (PC do B-SP). Policiais militares e bombeiros de todo o País lotaram o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.