Geraldo Resende quer candidatura própria do PMDB
Deputado diz que partido não pode ser mais “muleta” de outras agremiações partidárias e que agora espera reciprocidade
O deputado federal Geraldo Resende está defendendo que o seu partido, o PMDB, tenha candidatura própria a prefeito em eleições diretas, após a conclusão dos processos de afastamento de Ari Artuzi e Carlinhos Cantor, respectivamente prefeito e vice eleitos em 2008 e afastados por conta de envolvimento nas operações “Owari” e “Uragano”, da Polícia Federal.
Segundo o parlamentar, o PMDB deve deixar de ser apêndice de outras agremiações, o que ocorre há 18 anos. Além de esperar reciprocidade de outros partidos pelo apoio que emprestou durante quase duas décadas, o PMDB douradense possui, segundo Geraldo Resende, integrantes com grande capacidade administrativa e política para comandar a administração municipal.
Entre as alternativas, Geraldo cita o seu próprio nome e do deputado federal Marçal Filho, a prefeita interina Délia Razuk, o gerente regional da Sanesul Odilon Azambuja e o atual secretário de Obras, Antonio Nogueira, que foi o último candidato a prefeito que o PMDB lançou em Dourados. “Nosso partido saiu fortalecido das últimas eleições e precisa corresponder a essa responsabilidade que a população nos delegou”, salienta.
Ainda de acordo com Geraldo Resende o PMDB douradense não deve aceitar interferência de forças políticas “estranhas” a Dourados, como a de políticos da capital, que muitas vezes mais conturbam do que ajudam a segunda maior cidade do Estado na solução de seus problemas. “Queremos, sim, parceria, tanto no âmbito estadual quanto no federal”.
Transparência
Uma administração peemedebista que busque, em todos os seus atos, a transparência e a interação com a sociedade. É desta forma que Geraldo Resende espera que o seu partido atue, caso conquiste o comando do município. Segundo ele, além de construir um secretariado de alto nível, a gestão peemedebista deverá discutir com os setores organizados pontos como o tamanho da folha de pagamentos, o custeio da máquina e os investimentos com recursos próprios.
Para Geraldo, a gestão peemedebista deverá dar um “choque de competência” no Município, buscando um governo de coalizão para solucionar todas as pendências de projetos que estão paralisados ou morosos, a fim de fazer com que a cidade possa receber novos investimentos.
“Por meio de fóruns e debates constantes, a sociedade deve ser ouvida, utilizando-se um mecanismo muito utilizado nos países europeus, a chamada democracia direta”, explica Geraldo Resende. “O PMDB tem homens e mulheres com gabarito para conduzir esse processo”, diz o deputado, concluindo que esse posicionamento, deverá ser explicitado em reuniões da Executiva do PMDB, nesta segunda-feira (22) e do Diretório Municipal, na próxima sexta-feira (26).