Na ANAC, bancada cobra investigação e punição a empresas que cancelaram vôos
27/02/2013 18h09
Parlamentares de Mato Grosso do Sul se encontraram na tarde desta quarta-feira (27), com o diretor da Agencia Nacional de Aviação Civil (ANAC) Marcelo Guaranys para cobrar investigação e punição a Gol e a Tam. As empresas aéreas cancelaram ou anteciparam vôos entre as 5 horas e as 5 horas e 30 minutos, partindo de Campo Grande em direção a Brasília. Deputados e senadores alegam que as mudanças aconteceram de forma coordenada.
O senador Waldemir Moka (PMDB) cobrou um posicionamento da Agência sobre a ação das empresas aéreas, que pode ser caracterizada como cartel. “É irracional as empresas cancelarem os vôos que partem lotados de Campo Grande, ao mesmo tempo, prejudicando a população”, afirmou.
Para a superintendente de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado Danielle Creme “a regulamentação do transporte aéreo é diferente do transporte terrestre, na qual o Estado se responsabiliza pelo equilíbrio econômico financeiro das empresas”, justificando assim, a impossibilidade de punir uma empresa por ter deixado de operar em determinado horário.
O deputado Geraldo Resende (PMDB), classificou a audiência como “frustrante, por perceber que a ANAC defendeu com muita clareza as motivações das empresas aéreas, justificando os cancelamentos dos horários de vôos, por causa do valor do combustível, dentre outros motivos. Porém, se mostrou pouco disponível em dar uma resposta à altura do respeito que a população sul-mato-grossense merece”.
“Já que a Agência não pode atuar, vamos agir por meio da política e realizar uma audiência pública”, disse Moka. Já o deputado Edson Giroto (PMDB) afirmou que “existem outras empresas que querem atuar neste trecho, porém, não podem, pois, a Gol e a Tam ocupam espaços nos aeroportos de São Paulo, destinos dos vôos de Campo Grande”.
Também estavam presentes à reunião os deputados Antônio Carlos Biffi (PT) e Reinaldo Azambuja (PSDB) e o senador Ruben Figueiró (PSDB).