Geraldo quer união política por soluções na Segurança e Saúde
01/04/2015 12h24
O deputado federal Geraldo Resende (PMDB) está propondo união da classe política para fortalecer Dourados no cenário estadual. Segundo o parlamentar, as divisões que estão ocorrendo na segunda maior cidade do Estado fazem com que o município perca cada vez mais força. Prova disso, segundo ele, é o fato de nenhuma secretaria estadual ter sido destinada a Dourados pelo governador, além do desprestígio em relação a investimentos na Segurança Pública e na Saúde. Prova disso, segundo Geraldo, foi o encaminhamento pífio de apenas dois policiais civis lotados para Dourados, num total de 380 que o Estado formou nos últimos dois concursos públicos e a paralisação no projeto de construção do Hospital Regional no município.
Por causa disso, o parlamentar defende uma audiência entre todos os representantes da classe política de Dourados como os deputados estaduais George Takimoto, José Carlos Barbosa, Renato Câmara e João Grandão, além dos 19 vereadores, o prefeito de Dourados Murilo Zauith e entidades como a Associação Comercial e Empresarial de Dourados (ACED), conselhos e ele como deputado federal, com o governador Reinaldo Azambuja. O objetivo é fortalecer as principais reivindicações em torno de melhorias na segurança e saúde de Dourados.
Segundo o parlamentar, dados do Conselho de Segurança Institucional de Dourados (Coised) mostram que além dos dois policiais civis lotados para Dourados, o município chegou a receber 14 policiais por remoção nos últimos dois concursos. No entanto Dourados perdeu 4 por remoções, chegando a 12 e teve queda de mais 6 em aposentadorias, restando apenas novos 6 policiais nos últimos dois concursos.Para se ter ideia, segundo Geraldo, em dezembro do ano passado, enquanto a Polícia Civil formou 270 policiais nenhum foi lotado em Dourados. Enquanto nove chegaram no município via remoção, 10 saíram devido a transferências e aposentadorias.
Geraldo volta a destacar a importância da união da classe política quando compara Dourados com os demais municípios que receberam policiais. “Enquanto a cidade recebeu apenas 2 novos policiais lotados nos últimos dois concursos, Corumbá recebeu 18, Ponta Porã 22, Três Lagoas 14 e Campo Grande 103. Destes, 58 só nesta última formatura da semana passada. Isto acontece todas as vezes que a classe política se mostra desunida. Por diversas vezes quando busquei esta união cheguei a ser criticado, mas fica cada vez mais visível que nós políticos douradenses precisamos rever nossos conceitos para fortalecer o município. Defendo que precisamos fazer ações conjuntas e que todos estejamos juntos nisso, não apenas os agentes políticos mas também as entidades de classe e os conselhos. Temos que priorizar as principais demandas de Dourados e lutar por elas de forma unida”, destaca o parlamentar com base nos dados do Conselho Regional de Segurança Pública de Dourados (Coised).
De acordo com o Conselho o déficit de policiais civis no município passa de 25 e como mostram as ultimas lotações, o número de policiais que chegam fica muito aquém do que necessita. No Corpo de Bombeiros, a situação é ainda mais agravante. Com déficit de 130 bombeiros militares, conforme o Diário Oficial do Estado, a cidade de Dourados, que não tem aumento de efetivo há 10 anos, tem previsão de receber apenas 9 do total de concursados no Estado, número que não repõe sequer as perdas deste ano, que chegará a 12 devido às aposentadorias. O Grupamento, que é responsável por uma população de Dourados, Itaporã, Douradina e oito distritos, deveria ter cerca de 200 profissionais, mas conta com apenas 90, quase 1/3 (um terço) do ideal.