Geraldo leva prefeitos ao Ministério da Integração
Nesta 2ª foi homologada emergência em mais cinco municípios, aumentando para 19 o número de cidades à espera de socorro federal. Pelo menos 21 municípios foram afetados com excesso de chuvas.
O deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS) confirmou para esta quarta-feira (23), reunião no Ministério da Integração Nacional, entre o ministro Fernando Bezerra e os prefeitos dos municípios afetados pelo excesso de chuvas em Mato Grosso do Sul.
Segundo Geraldo, o governador André Puccinelli também deve participar da audiência ministerial e reforçar a preocupação quanto a demora no socorro às cidades. Antes da audiência no Ministério da Integração, Geraldo participa de audiência com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi.
Na semana passada, Geraldo defendeu, durante reunião na Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), mobilização da bancada em apoio aos municípios em situação de emergência, notando que até o momento o governo federal não sinalizou pela liberação de dinheiro. O anúncio feito pelo ministro Bezerra, de repasse de R$ 5 milhões ao governo do Estado, foi recebido pelos prefeitos com preocupação. “É muito pouco para atender as emergências”, diz Geraldo.
Hoje são pelo menos 18 municípios na fila de espera por recursos federais, mas no total, 21 foram afetados pelo excesso de chuvas e tiveram prejuízos com alagamentos, queda de pontes e interdição de estradas vicinais. Estão à espera de ajuda federal os municípios de Aquidauana, Anastácio, Coxim, Paranaíba, Dois Irmãos do Buriti, Rio Verde, Bandeirantes, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia, Miranda, Corumbá, Ribas do Rio Pardo e Camapuã, além de Campo Grande. Nesta segunda-feira, 21, foram homologadas novas situações de emergência pelas prefeituras de Alcinópolis, Miranda, Rio Verde, Maracaju e Bonito.
Em razão das chuvas, há prejuízos no escoamento da produção e o transporte escolar está suspenso, comprometendo o funcionamento de escolas rurais. “Vamos insistir na liberação dos recursos pleiteados pelos prefeitos e também cobrar a liberação de emendas contingenciados”, disse Geraldo.
Geraldo insiste ainda que é preciso a mobilização dos prefeitos através da Assomasul, a CNM (Confederação Nacional de Municípios) e FNP (Frente Nacional de Prefeitos. “O problema agora é emergencial, mas temos recursos já empenhados que estão retidos em razão do corte no Orçamento. Acredito que a pressão deve ser também por recurso novo, para que as prefeituras concluam obras e invistam e outros projetos”.
Para Geraldo, a audiência desta quarta-feira será importante para dar tamanho às preocupações e assim sensibilizar o ministro Fernando Bezerra acerca da situação, que afeta não apenas as cidades, mas tem forte impacto na economia do Estado, baseada na agropecuária. “Além dos prejuízos à economia, devido a quebra da safra, estimada em 30%, em algumas cidades, como Aquidauana, Anastácio, Coxim e Ribas do Rio Pardo, há propriedades isoladas e estradas intransitáveis”.
Recursos retidos
Geraldo Resende disse que a bancada federal pode ajudar pressionando a liberação de recursos destinados à cobertura de prejuízos das chuvas que estão retidos em Brasília desde o ano passado. Parte dos recursos alocados em razão do estado de emergência em nove cidades, por causa das chuvas do ano passado, ainda não foi repassada.
Geraldo disse que a bancada federal também pode fazer a interlocução no sentido de facilitar o acesso dos produtos a novas linhas de crédito e condições especiais para renegociação de dívidas em virtude da frustração da safra.
Em outubro do ano passado foram afetados com a chuva, granizo e temporais Anaurilândia, Bataguassu, Batayporã, Naviraí, Nova Andradina, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas. Todos esses municípios cumpriram os procedimentos para ter acesso a recursos do Ministério da Integração Nacional. Do montante de R$ 9.654.479,20, apenas 30% foram liberados, segundo o governo do Estado.