Escola Técnica em Dourados será realidade apenas em 2012
Conseqüência dos cortes no Orçamento de mais de R$ 50 bilhões, a implantação de um campus de ensino profissionalizante na segunda maior cidade do Estado, só vai ser efetivada no ano que vem.
Encerrando especulações e falsas expectativas, o deputado Geraldo Resende afirmou na tarde desta quarta-feira (2), que a construção de um edifício para o funcionamento da Escola Técnica Federal em Dourados, será iniciada apenas no próximo ano. A confirmação veio depois de audiência na Secretaria de Educação Profissional e Técnica do Ministério da Educação.
“Atualmente, qualquer outra informação é vender sonhos à população. Existe um contingenciamento no orçamento do Governo Federal que prevê novos investimentos apenas em 2012”, explicou o deputado demonstrando frustração. “Lutei desde meu primeiro mandato para a implantação de uma Escola Técnica Federal em Dourados, havia a previsão de atenderem este meu pleito já na terceira etapa de expansão, mas apenas serão inauguradas as plantas previstas”, disse.
No segundo semestre deste ano, está previsto o início do funcionamento dos campi de Campo Grande, Aquidauana, Coxim, Corumbá, Ponta Porã e Três Lagoas. Ao todo, em 2011 serão entregues 46 unidades em todo o país, o planejamento da Pasta da Educação é a construção de 200 centros de ensino técnico nos próximos 4 anos. “Dourados é consenso e será contemplado na próxima leva”, afirmou Eliezer Pacheco, secretário de Educação Profissional e Tecnológica.
Geraldo apresentou três Indicações ao Poder Executivo e o Projeto de Lei (PL) 5075 no dia 16 de março de 2009 e em 2 de julho do mesmo ano o Projeto de Lei 5531 que institui um campus do IFMS em Naviraí.
O parlamentar também foi autor das emendas 1, 2, 3, 9 e 10 ao Projeto de Lei 7.268 do ano de 2006, que dispõem sobre a criação de escolas técnicas e agrotécnicas federais em outros municípios do Estado. “Apresentei mais uma indicação para que priorizem efetivamente a cidade de Dourados”, afirmou o parlamentar.
Para a próxima etapa de expansão do ensino profissionalizante os municípios interessados já podem iniciar o processo de solicitação por meio de ofício, a chamada pública ocorrerá no final deste mês, “a única contra-partida que solicitamos do município, ou do estado interessado é um terreno de, no mínimo 20 mil m², mas o ideal é quando o solicitante apresenta um prédio pronto”, destacou Pacheco.
O investimento na edificação de um Campus gira em torno de R$ 5 milhões, e R$ 4 milhões anual para a manutenção. “Enquanto a construção da Escola Técnica Federal de Dourados não acontece, estamos tentando viabilizar uma alternativa, um extensão da unidade de Campo Grande que funcionaria na UFGD”, afirmou Geraldo Resende.
Ensino à Distância
Outra alternativa para capilarizar a educação profissionalizante é a modalidade a distância (EAD), que também será expandida pelo país. O critério para implantação de cursos EAD é semelhante aos de implantação de campus, municípios com mais de 50 mil habitantes ou cidades pólos já com uma infraestrutura. “Esses cursos podem funcionar a noite, em escolas cedidas pelas administrações municipais ou estaduais”, explicou o secretário.