Vila Olímpica: Geraldo propõe gestão da UFGD e Funai
Chefe da Divisão Técnica da Funai em Dourados, Vander Nishijima, disse que órgão já discute com o Ministério do Esporte programas para a Vila Olímpica Indígena.
O deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS) se reuniu nesta segunda-feira com o reitor da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Damião Duque de Farias, o vice-reitor Wedson Desidério Fernandes e o diretor da Faculdade de Educação, Reinaldo dos Santos, além do chefe da Divisão Técnica da Funai, Vander Nishijima, para discutir proposta de gestão da Vila Olímpica Indígena de Dourados, que foi inaugurada no dia 9 de maio.
Diante da indefinição sobre a administração do complexo, Geraldo propôs gestão compartilhada e sugeriu a implementação de projetos em parceria com o Ministério do Esporte. O chefe da Divisão Técnica da Funai em Dourados, Vander Nishijima disse que o órgão já discute com o Ministério do Esporte alguns programas para a Vila Olímpica Indígena.
“A participação da UFGD vai contribuir para dar uma solução à gestão daquele espaço e também permitir que a UFGD ganhe até visibilidade internacional por atuar num projeto inédito como a Vila Olímpica”, disse Geraldo.
O reitor da UFGD pediu prazo para analisar a proposta, que depende de um projeto para ser colocada em prática, e marcou visita à Vila Indígena nesta quarta-feira, 1º de junho, para ver de perto a estrutura do complexo e quais são as necessidades de manutenção, custeio e prováveis atividades que possam ser desenvolvidas naquele espaço.
A UFGD vai analisar os aspectos jurídicos e burocráticos de eventual participação da instituição na administração do complexo. “Nosso principal obstáculo é a contratação de pessoal para desenvolver projetos, a questão da manutenção é fácil de resolver”, disse o reitor Damião Duque de Farias.
O deputado informou gestões que fez no Ministério do Esporte para alocar recursos e assim garantir o custeio de atividades e manutenção do complexo, além de articulações com o Ministério da Justiça, para garantir um posto de segurança, além do Ministério da Saúde, em relação ao projeto de implantação de um CAPS-AD (Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas) na reserva.
Para Geraldo, há muita expectativa de que o desenvolvimento de atividades na Vila Olímpica possa reduzir os níveis de violência nas aldeias Jaguapiru e Bororó. “São aproximadamente 5 mil crianças, adolescentes e jovens na reserva. Muitos deles poderão trocar o caminho das drogas pelo esporte”, disse, notando que a ideia da Vila Olímpica repercutiu nacional e internacionalmente e inspira propostas em Pernambuco, Pará e no Amazonas.
Em Manaus, o líder do PRTB na Assembleia Legislativa, deputado Fausto Souza, pediu ao Ministério do Esporte apoio para construção de uma Vila Olímpica Indígena na área da reserva da microrregião do Alto Solimões, lembrando que o esporte e o lazer podem ser alternativas de combate à violência e diminuição da alta taxa de mortalidade entre os índios por homicídios e agressões domésticas, além de prevenir o consumo de drogas que causam transtornos mentais e comportamentais na população indígena.