Deputado comemora expansão da rede federal de educação
Deputado comemora expansão da rede federal de educação profissional
O deputado federal Geraldo Resende acredita numa grande revolução no mercado profissional no Brasil, dentro de alguns anos, caso seja colocada em prática a expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A proposta foi lançada pela presidente Dilma Roussef, em solenidade realizada no Palácio do Planalto, na terça-feira, dia 16.
De acordo com o cronograma do Governo Federal, a Rede Federal contará, até 2014, com 562 unidades de ensino, que atenderão todas as regiões brasileiras. Na definição das áreas que receberão as unidades de institutos federais de educação, ciência e tecnologia foram considerados aspectos econômicos, demográficos, socioambientais, culturais e geográficos.
“Vemos hoje que uma das grandes deficiências para o Brasil poder competir no mercado internacional é a falta de mão de obra em diversos segmentos. Com isso, em alguns setores, o país está tendo que importar profissionais de outros países, encarecendo a produção nacional e reduzindo nossa competitividade”, salienta Geraldo Resende.
Para ele, os critérios de escolha das cidades que irão receber novas Escolas Federais foram acertados. “Metas de universalização do atendimento a territórios da cidadania e a cidades-polo com mais de 50 mil moradores, interiorização da oferta de educação profissional, além da quantidade de habitantes em situação de pobreza extrema, influenciaram a escolha”, ressaltou o parlamentar.
Novas escolas
Na terça-feira (16), prefeitos e secretários municipais dos 120 municípios brasileiros que receberão novas unidades da rede federal participaram de reunião, em Brasília, na qual foram instruídos sobre a implantação de unidades dos institutos federais. “A expansão da rede federal tem ocorrido com sucesso; 95% das escolas foram entregues dentro do prazo”, ressaltou o presidente do Conselho Nacional das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Conif), Cláudio Ricardo Gomes de Lima.
“Sem dúvida alguma, a história dos municípios se redimensiona com a implantação de um campus de instituto federal”, disse o secretário de educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco.
Mais vagas
A abertura de 250 mil vagas de ingresso nas universidades federais e de 600 mil matrículas nos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, em 2014, é um dos resultados que a presidente da República, Dilma Rousseff, espera alcançar com a terceira fase da expansão universitária e profissional.O acesso à educação e ao conhecimento, segundo a presidente, deve ser maciço, inclusivo e sistemático, para que jovens e trabalhadores possam dele se beneficiar em todos os recantos do país. O esforço do governo federal, na sua visão, busca superar décadas de atraso e preparar a nação para o futuro.
“Em dois anos, só a Petrobrás vai gerar uma demanda de 230 mil técnicos em petróleo e gás”, explicou Dilma. Mas o Brasil, avisou, também precisa de quadros preparados para atender setores internacionais de alta tecnologia que estão aqui chegando.
A terceira etapa da expansão da educação superior compreende a criação de quatro universidades federais que serão instaladas no Pará, no Ceará e na Bahia e a abertura de 47 campus universitários. Desses campus, 20 serão instalados até 2012 e os outros 27, até 2014. Já a expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica terá 208 novas unidades, distribuídas em municípios dos 26 estados e no Distrito Federal.
Para executar o programa, o governo federal vai investir cerca de R$ 7 milhões por unidade de educação profissional e R$ 14 milhões no caso de campus universitário. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, esse é o valor mínimo para iniciar as atividades.
De acordo com Haddad, as novas universidades, os campus e as unidades de educação profissional que começam a ser construídos no governo de Dilma Rousseff atendem critérios técnicos de reparação de uma injustiça histórica de muitas décadas, que isolou populações do acesso à educação e ao conhecimento.
“A terceira fase da expansão universaliza o atendimento aos Territórios da Cidadania”, explicou, “que são áreas de concentração populacional com pouco acesso aos bens mais necessários.”
Segundo Haddad, dos 120 territórios da cidadania, 117 serão atendidos agora. Os três restantes, que têm população menor, serão incluídos na próxima etapa. O G 100, grupo que reúne 103 cidades com mais de 80 mil habitantes e menos de R$ 1 mil de investimento per capita por ano, também será beneficiário da expansão. Segundo o ministro, 83 cidades do G 100 estão incluídas. “Promover a educação, a saúde, a cultura, somando esforços de diversos ministérios, foi o caminho escolhido pelo governo federal para erradicar a pobreza.”
Critérios – Para definir o número de câmpus universitários e de escolas de educação profissional por estado, o governo federal orientou-se por uma série de critérios, entre os quais estão os baixos índices de desenvolvimento da educação básica (Ideb) e a porcentagem de jovens de 14 a 18 anos nas séries finais do ensino fundamental.
Na escolha dos municípios a serem contemplados, considerou a universalização do atendimento aos territórios da cidadania, a alta porcentagem de extrema pobreza, municípios ou microrregiões com população acima de 50 mil habitantes e os municípios com arranjos produtivos locais (APL’s). (Com informações do Ministério da Educação)