Dourados registra 1º caso de leishmaniose humana do ano
04/08/2015 13h25
Dourados é a primeira cidade do Estado a registrar nesse ano caso de leishmaniose visceral humana. O paciente é homem com idade entre 50 e 55 anos, passa por tratamento, e mora no Jardim Água Boa. O último registro da doença na cidade ocorreu no final do ano passado.
Para controlar o vetor da doença, o CCZ (Centro de Controle e Zoonoses) fez bloqueio químico de pelo menos nove quarteirões no entorno da residência do paciente.
O CCZ ainda irá ampliar a coleta de sangue de cães na região. A transmissão da doença se dá através de picada de mosquitos flebótomos - também conhecidos como mosquitos-palha. Em zonas urbanas os cães são o principal reservatório da doença. Em zonas rurais os bovinos e equinos desempenham esse papel.
A doença não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde, no ano passado foram registrados 330 casos em todo o Estado e 20 pessoas acabaram morrendo em decorrência da doença.
Sintomas
Os principais sintomas da doença nos cães são um maior crescimento das unhas, lesões em pontos das orelhas, lesões cutâneas e emagrecimento. Nos humanos, as primeiras características são lesões ulcerativas externas. Sem o tratamento correto a leishmaniose pode levar à morte. Não existe raça mais propícia a ter a doença, o risco é por igual e a melhor solução para combater é a prevenção.
A vacina contra leishmaniose, disponível apenas para venda em clínicas particulares, também é uma das principais formas de evitar a contaminação dos cães. Ela é dividida em três doses a cada 21 dias e uma anualmente que garantem a imunidade, mas antes disso é preciso se certificar que o animal não já esteja infectado. A dose da vacina é encontrada a partir de R$ 100.
Recomendações
Mantenha a casa limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas proximidades das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer;
Coloque telas nas janelas e embale sempre o lixo;
Cuide bem da saúde do seu cão. Ele poderá transformar-se num reservatório doméstico do parasita que será transmitido para pessoas próximas e outros animais não diretamente, mas por meio da picada do mosquito vetor da doença, quando ele se alimenta do sangue infectado de um hospedeiro e inocula a Leishmania em pessoas ou animais sadios que desenvolvem a doença.
FONTE: Dourados Agora