Um voo para São Paulo

Um voo para São Paulo

Geraldo Resende

Recebi, na manhã de segunda-feira (3) em meu escritório em Dourados, diretores da Companhia Aérea Trip, que vieram para discutir solicitação que lhes tinha feito, dias antes, solicitando a extensão do voo de Congonhas (SP) até Dourados, que atualmente é realizado de Congonhas a Maringá, no Paraná. No encontro, eles me informaram que o pedido é viável.

Com a criação deste trajeto, um pleito antigo da população regional será atendido. Creio que será uma conquista que vai comprovar, uma vez mais, a força da articulação política. Só o fato dos diretores virem a Dourados para avaliar a viabilidade técnica do voo solicitado já um grande avanço.

No ano passado, encaminhei uma correspondência a todas as companhias aéreas do país, às grandes e às que fazem os vôos regionais, mostrando a importância da nossa cidade de Dourados para a região sul do estado. Em uma delas, anexei ofícios de várias entidades do município, reforçando o pleito. Creio que essa articulação está surtindo efeito e está cada dia mais próximo a concretização de mais este sonho.

Aliás, essa é uma luta antiga que começou motivada pela insistência de setores produtivos, empresariais e industriais da nossa região que convivem com a dificuldade de transporte aéreo, tendo que ir a Campo Grande sempre que precisam fazer um vôo para grandes centros do país.

Como é sabido, Dourados tem em seu entorno 35 municípios, compreendendo uma população de aproximadamente 800 mil habitantes, sendo que seus prefeitos, vereadores e outras lideranças fazem de Dourados o pólo desta região, pelo fato de estarem muito mais próximos desta cidade do que de Campo Grande.

Por falta de um voo para São Paulo muitos empresários de grandes centros deixam de se dirigir a Dourados e até de fazerem negócios nesta cidade por não disporem de tempo para percorrerem de carro a distância de 240 quilômetros que a separam de Campo Grande.

O esforço inicial foi para dotar o aeroporto douradense de condições que permitam o pouso e a decolagem de grandes aviões. Por meio do PROFAA e com recursos estaduais e municipais foram investidos em torno de R$ 3 milhões em melhorias na infraestrutura e edificações do aeroporto municipal douradense, visando a habilitação para operações com aeronaves de médio porte.

Além disso, lembro do pedido que encaminhamos ao Ministério da Justiça para que sejam destinados ao aeroporto de Dourados equipamentos de segurança como as esteiras para bagagens de mão e Portais de Raio X. São equipamentos que já existem, foram adquiridos durante a realização dos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro e não foram instalados em nenhum aeroporto e poderiam ser destinados ao aeroporto local.

Há, ainda, uma negociação bastante adiantada para garantir um caminhão do Corpo de Bombeiros equipado dentro das normas técnicas exigidas para que o aeroporto de Dourados receba aviões de grande porte.

Por tudo isso é que acredito estar muito perto do fechamento de um acordo operacional com uma empresa – a TRIP está em vantagem nos estudos de viabilidade econômica do projeto – que implante um vôo diário, saindo de Dourados pela manhã, seguindo para uma cidade do norte do Paraná e chegando a São Paulo, no aeroporto de Congonhas. A volta seria pelo mesmo trajeto, no final do dia.

  • Médico e deputado federal PMDB-MS*


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