UFGD: cinco anos de conquistas
A data de hoje nos remete a reminiscências de sete anos atrás, quando, recém-chegado a Brasília, iniciei uma luta que se comprovou vitoriosa pouco mais de dois anos depois. Refiro-me ao projeto que em 16 de junho de 2003 dei entrada na Câmara Federal com o objetivo de levar adiante uma proposta que, 20 anos antes, tinha sido apresentada pelo ex-deputado federal Sérgio Cruz: a criação da Universidade Federal da Grande Dourados, a UFGD.
Quando, em 29 de julho de 2005 o presidente Luis Inácio Lula da Silva publicou a Lei 11.153 no Diário Oficial da União, estava se tornando real o sonho de milhares de pessoas durante duas décadas. Hoje podemos dizer, com certeza, que existe uma história de antes e outra depois da UFGD.
A UFGD, é, portanto, resultado de uma luta histórica da sociedade douradense, reforçada, em âmbito nacional, por nossa atuação, ao chegarmos à Câmara Federal, materializada no Projeto de Lei 1.266/2003, que apresentei em 16 de junho de 2003.
Acompanhado dos estudos técnicos feitos por uma comissão instituída pelo campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em Dourados, então conhecido como CEUD – Centro Universitário de Dourados, esse projeto foi, na verdade, o instrumento pelo qual articulei o apoio de autoridades como o presidente Lula, do vice-presidente José Alencar e do então ministro da Educação Cristovam Buarque.
Embora tenha retirado o PL 1.266/2003 posteriormente, foi com ele que conquistei o apoio da classe política, inclusive entre setores que nunca tinham ouvido falar da proposta. Um dos exemplos foi o compromisso de apoio obtido do presidente Luis Inácio Lula da Silva, que recebeu o projeto das minhas mãos, em audiência ocorrida em 23 de julho de 2003.
Hoje, podemos dizer que a UFGD é um sonho concretizado e um projeto consolidado, muito embora haja ainda muito o que se fazer. Mas é de justiça comemorar essa vitória, pois se deve ao esforço, dedicação e sacrifícios de muitas pessoas, como de universitários, pais, professores e servidores da então UFMS, além de diversas lideranças políticas. A disposição do governo federal de promover uma expansão universitária, na época, também pode ser apontada como um dos fatores que a comunidade regional sobre aproveitar.
Depois da criação, a UFGD apresentou um crescimento invejável. Em tão pouco tempo, ela já é instituição consolidada, que a cada ano agrega novos cursos e tem um número crescente de alunos, professores e estrutura, atraindo estudantes de todas as regiões do país.
Nossa luta por essa instituição, porém, não se resumiu à criação, mas continua na busca de meios e recursos para a sua estruturação. Já em 2005, por exemplo, eu e demais integrantes da bancada garantimos emendas que ultrapassaram R$ 5 milhões para serem aplicados na Universidade. Com esses recursos, ficou garantida a construção dos blocos das Faculdades de Ciências Biológicas, Ciências Humanas, Ciências Sociais e conclusão do prédio de Medicina.
Como coordenador da bancada federal de MS em 2007, viabilizei os recursos da ordem de R$ R$ 1.633.938,84 para a construção da piscina olímpica e do restaurante universitário, que está quase pronto. A implantação do Instituto da Mulher e da Criança no Hospital Universitário, que deverá receber recursos da ordem de R$ 12,9 milhões; e a estruturação da Fazenda Experimental do Núcleo de Ciências Agrárias, que recebeu uma emenda de Geraldo Resende no valor de R$ 500 mil, são algumas das ações que comprovam nosso compromisso com a consolidação de uma das mais jovens e progressistas universidades brasileiras.
Médico e deputado federal (PMDB-MS)