Questão de Respeito

Questão de Respeito

Geraldo Resende

Quem me conhece sabe a minha origem e sabe o meu jeito de ser. Sou assim desde pequeno. Firme nas minhas posições, determinado nas minhas metas, solidário, defensor da justiça e orgulhoso das minhas conquistas, sejam elas pessoais ou coletivas.

Essas características, para o bem ou para o mal, me transformaram no homem público que sou hoje. Nos últimos tempos, quem vive em Dourados tem acompanhado o meu inconformismo e a minha inquietação com a falta de cuidado de alguns representantes da administração municipal que, no meu entender, ainda resultarão em enormes prejuízos à nossa população.

Os detalhes dessa refrega são mais do que conhecidos. Mas eu os resumo em poucas linhas: muitos dos recursos que conseguimos aqui em Brasília, que deveriam ser transformados em benefícios para a população, ou estão parados, ou correm o risco de serem perdidos. Falta agilidade nos processos que deveriam ser conduzidos pelo município. Falta compromisso de uma administração que foi eleita com a força das pessoas humildes e que, ao agir dessa forma, desrespeita os que depositaram confiança em seu projeto político.

O episódio mais recende desse embate, que já se tornou público, aconteceu no dia em que o governador em Exercício, meu amigo pessoal Murillo Zauith, orgulhosamente instalava o governo em nossa Dourados. Por mais deselegante que fosse o prefeito Ari Artuzi não se fez de rogado e acrescentou em seu discurso um rosário de provocações endereçadas à minha pessoa. Foi uma afronta e um desrespeito.

Sou um ser humano como outro qualquer. E, como a maioria dos brasileiros, não costumo levar desaforo para casa. Quando me foi permitido usar a palavra, tratei de repor a verdade. O fiz com a consciência de que não deveria baixar o nível da conversa, nem desrespeitar a lei e a ordem. Mas o fiz com a firmeza que a agressão exigia.

Digo e repito de peito aberto: não se trata de uma questão pessoal. Mas eu não posso admitir que a saúde da nossa gente permaneça sob risco, num quadro tão dramático como o que foi constatado e divulgado em larga escala pela auditoria do DENASUS. É inadmissível que se gaste tempo e articulação política para convencer os técnicos do governo federal sobre a importância e a necessidade de destinar recursos para obras e ações em Dourados e, depois, ver todo esse esforço sumir pelos ralos da má gestão.

Faço política porque gosto. De um jeito transparente e da forma como eu acho que mais reflete no bem estar da população. Isso, às vezes, me faz parecer impertinente. Alguns tentam me provocar rotulando-me, pejorativamente, de “faz tudo”. Não me importo com isso. Não sei se consigo fazer tudo o que é necessário. Mas tenho absoluta certeza de que faço tudo o que posso para ver minha cidade melhor.

Não fosse esse meu jeito de trabalhar, nós não teríamos conseguido, no último dia do ano passado, no apagar das luzes de 2009, empenhar os R$ 5 milhões necessários para levar o asfalto à Vila Cachoeirinha. Tenho, dessa forma, a sensação do dever cumprido.

Eu poderia ficar quieto e não fazer mais nada. Mas o meu jeito de ser me faz às vezes exceder das minhas obrigações. Quero ver os projetos saírem do papel e se transformarem em benefícios reais para a população. E se tiver que enfrentar as provocações baratas, não tenham dúvidas, enfrentarei. Não com baixeza ou violência. Não sou dado a isso. Mas nunca fugi de um bom embate no campo das idéias. E nunca fugirei.

Acho que é essa a principal diferença entre o meu modo de fazer política e o jeito daqueles que lançam mão do jogo fácil, do populismo barato. Volto a dizer: A população humilde de Dourados, que foi a base da votação do atual prefeito, não pode ser abandonada como está sendo.

E, enquanto eu tiver capacidade de resistir, não deixarei que esse tipo de irresponsabilidade passe em branco. Dourados sabe que pode contar comigo.

Médico e deputado federal PMDB-MS


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