Nem direita e nem esquerda

07/06/2018 14h44

Como deputado federal assinei nesta terça-feira (05) o manifesto "Por um polo democrático e reformista", lançado com o apoio de parlamentares, ministros e intelectuais. Assinei por concordar com a importância e com a urgência de se formar um coletivo e uma cultura que defenda alicerces fundamentais à nossa jovem democracia. Esses valores deveriam ser naturais, porém se deterioraram frente às graves crises econômica, política e institucional que enfrentamos nos últimos anos.

É fundamental se posicionar neste momento como agente político, ao mesmo tempo, explicar que, ao negar os extremos como faço no título deste artigo, defendo um espectro político existente e amplamente teorizado pelos cientistas políticos. O centro é o ponto de equilíbrio de valores republicanos que, por algum motivo foram desidratados com o passar do tempo.

Residem no centro democrático às bandeiras do combate enérgico a corrupção, a conduta ética, a moralidade com a coisa pública, a independência entre os poderes, a meritocracia, a tolerância com as diferentes correntes de pensamento, a liberdade e o combate incessante e perene até reduzirmos as desigualdades sociais e acabarmos com a miséria em nosso país.

A formação de um bloco coletivo e uma cultura progressista apresenta as bases desses valores, como também critica iniciativas populista e demagógicas que embaralham o jogo democrático, embaçam a visão de nossa boa gente e turvam o nosso futuro com elementos superados no passado. Mais que pessoas, temos que apresentar um projeto para o Brasil de curto, médio e longo prazo. A iniciativa deste bloco indica quais são os limites desse projeto.

Com este movimento da classe política e de intelectuais, passo a enxergar as eleições de 2018 com otimismo. Sempre defendi que qualquer saída para as mais variadas crises está na democracia amparada na nossa Constituição Federal. O pleito deste ano pode significar o início da construção de caminhos sólidos, sérios e transparentes para o Brasil.

É em um ambiente pacificado e harmônico que poderemos realizar reformas que garantam representatividade política, equilíbrio econômico, qualidade na saúde e na educação, combate a criminalidade, sustentabilidade ambiental e moradias dignas. Independentemente do resultado deste manifesto, são esses valores que continuarei defendendo por onde passar. Onde eu estiver, em qualquer encontro que tiver, tanto na Câmara dos Deputados como no meu amado Mato Grosso do Sul defenderei a democracia, a liberdade, a serenidade e as reformas tão importantes para o nosso país.

Geraldo Resende