Mutirão pela saúde
Mutirão pela saúde
Geraldo Resende
Quando propus, na semana passada, a realização de um “mutirão pela vida e pela saúde” em Dourados, considerei a medida como a única forma para tirar, com a maior brevidade possível, esse setor do caos em que se encontra. Minha proposta encontrou eco, pelo menos verbalmente. Mas precisamos agir, com a maior rapidez possível, sob pena da situação se tornar insustentável.
Não é segredo de ninguém que a população douradense vive um momento de extrema angústia, cuja origem é a ineficiência de gestão no sistema público de saúde. As notícias estão todos os dias nas rádios, nos jornais, nos sites: falta atendimento adequado nas unidades de saúde, onde as pessoas têm dificuldade para serem consultadas ou para receberem medicamentos básicos, marcar exames ou cirurgias.
Creio que somente uma ação firme, determinada e com todos os setores da administração municipal integradas é que poderá agilizar ações que estão emperradas, inclusive diversas licitações que não acontecem por problemas burocráticos, impedindo a aplicação de recursos que viabilizamos, em Brasília, para investimento em ações que possibilitarão melhorias substanciais na estrutura de atendimento que existe atualmente.
Quando propus o mutirão, externei a mesma preocupação dos profissionais da área de saúde que merecem melhores condições de trabalho e que poderiam estar prestando um atendimento de qualidade aos usuários se lhes fossem ofertados um melhor local, equipamentos, insumos e salários adequados.
Pensei, ainda nas milhares de pessoas que continuam esperando que as propostas de campanha, que prometiam priorizar a solução dos problemas da saúde ainda virem realidade. Pensei nos usuários do SUS que moram na região da Grande Dourados e que dependem das estruturas da saúde pública no município-pólo, onde são ofertados os serviços de alta complexidade, para os quais o município é devidamente remunerado pelo Ministério da Saúde.
A proposta do mutirão também leva em conta a dignidade humana, o direito de cada cidadão brasileiro de ter acesso a uma saúde de qualidade, principalmente em um município para o qual há recursos substanciais esperando a finalização de processos burocráticos para a sua utilização.
Ao propor o mutirão passei ao prefeito Ari Artuzi uma relação de dezoito obras por nós viabilizadas na área de saúde, e que estão emperradas pela falta de alguma providência por parte do Município, algumas delas, com recursos empenhados há quase três anos.
Expliquei ao prefeito que viabilizamos, no início de 2007, recursos para a reforma de 10 postos de saúde e que há ainda, recursos garantidos para a construção e compra dos equipamentos da Clínica da Mulher, reforma do Hospital da Vida, construção de quatro novos postos de saúde e construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Portanto, recursos, existem. O que está faltando é deixar as questões eleitorais para trás, como fiz no primeiro dia após conhecer o resultado das eleições do ano passado quando, mesmo tendo apoiado outro candidato, passei imediatamente a trabalhar pelo sucesso da atual administração. O prefeito também precisa deixar as divergências políticas ou partidárias de lado para que possamos somar nossas energias no sentido de superar impasses que resultem em melhores condições de vida para nossa gente.
Médico e deputado federal PMDB-MS