Chuva que Deus dá

Chuva que Deus dá

Geraldo Resende

Mesmo em viagem durante o recesso na Câmara Federal tenho acompanhado diariamente os acontecimentos da vida cotidiana douradense. E uma das coisas que tem me chamado a atenção é o período chuvoso que já dura quase um mês nesta região.

Temos que agradecer a Deus por essa dádiva, que é a chuva. Ainda mais nessa época do ano, em que o inverno seco é muito mais prejudicial à saúde, principalmente de crianças e idosos, isso sem falar que o inverno sem chuvas traz uma incidência muito maior de geadas, quando falta pasto, o preço da proteína animal (leite e carnes) aumenta e escasseia na mesa dos mais humildes.

O outro lado da questão chuvosa é o barro, que tanto dificulta a vida das pessoas. E falo isso com propriedade, pois quando garoto, morei em um bairro, do qual para se sair em tempo de chuva era preciso colocar sacolinhas de plástico nos pés, se a gente não queria chegar no centro da cidade com a roupa e os sapatos totalmente enlameados. O barro é um componente que atrapalha, em muito, os estudantes, sejam crianças ou jovens, além dos adultos, principalmente os que saem para trabalhar.

É por essa razão que o asfalto é uma das principais reivindicações dos moradores, em todos os cantos da cidade, seja em bairros compostos por famílias humildes, ou aqueles formados por pessoas mais abastadas, embora é preciso reconhecer que os mais pobres são os que mas sofrem com o barro, pois os ricos podem sair de casa com seus veículos.

Forçoso é reconhecer, também, que a pavimentação asfáltica dá um novo aspecto nas regiões onde é implantada. As casas e as roupas ficam mais limpas, há uma enorme valorização imobiliária... enfim, há um novo ânimo na vida das pessoas, que podem chegar e sair com comodidade de suas casas e até têm mais prazer em convidar os amigos para lhes visitarem.

Por isso tenho procurado viabilizar obras de pavimentação asfáltica para todos os municípios de minha base de atuação. Para Dourados, então, é até redundante falar nesse assunto, pois 95% das obras de asfalto que acontecem na cidade, de um ano para cá, foram por mim viabilizadas com o apoio do governo do Estado, que é o ente executor e que dá a contrapartida nos recursos necessários.

Vejam bem: comecei falando do presente que é a chuva e agora falo dos benefícios do asfalto. Hoje, porém, estamos torcendo para que a manifestação da natureza nos dá uma trégua para que as máquinas e os homens possam trabalhar na segunda opção, que são as obras do asfalto que estão para começar, prosseguir ou serem concluídas.

Estamos ansiosos de que a estiagem que começou ontem prossiga por alguns dias, até que os trabalhos possam ter início, por exemplo, no Jardim Pantanal, onde as pessoas não aguentam mais esperar pela chegada das máquinas. Para este bairro, anunciamos o início do asfalto para o dia dois de julho e agora já estamos entrando em agosto.

Os moradores do Jardim Pantanal têm nos questionado, e com razão, quanto ao atraso das obras. Mas é preciso levar em conta o fato de que para as máquinas trabalharem naquela região da cidade, são necessários pelo menos cinco dias de sol ininterrupto, pois se os trabalhos de revolvimento da terra (necessários para a execução da base do asfalto) fossem executados com a terra molhada, os transtornos aos moradores seriam muitas vezes maiores.

Então, minha gente, vamos agradecer a Deus pelas chuvas. E desde já, agradecer a Ele, também, pelos dias de sol dos quais precisamos também para que as nossas frentes de asfalto avancem. Um ótimo final de semana a todos.

Médico e deputado federal PMDB-MS


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