Duas décadas depois de denunciar tragédia indígena, Geraldo Resende segue garantindo avanços em saúde, educação e moradia
O Brasil saiu, de novo, do Mapa da Fome.
O anúncio feito no fim de julho pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura reconheceu o avanço do Brasil no enfrentamento da insegurança alimentar.
Esse marco resgata um episódio marcante da história recente do país. Em 2005, o deputado federal Geraldo Resende denunciou à Câmara dos Deputados e à sociedade brasileira a morte de crianças indígenas por desnutrição em Dourados (MS). Naquele mesmo ano, ele assumiu a coordenação da Comissão Externa da Câmara que investigou a grave situação vivida por comunidades indígenas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, revelando a realidade de famílias sem acesso à alimentação adequada, água potável e serviços básicos de saúde.
O Relatório Final da Comissão apontou a ocorrência de 21 mortes de crianças com até cinco anos relacionadas à desnutrição em municípios sul-mato-grossenses como Dourados, Amambai, Paranhos, Caarapó, Iguatemi, Tacuru, Antônio João, Eldorado, Japorã e Bela Vista, além de outras seis no estado do Mato Grosso, todas registradas desde o início de 2005.
A Comissão, sob a coordenação de Geraldo Resende, visitou as aldeias Jaguapiru e Bororó, na Reserva Indígena de Dourados (MS), e a Aldeia São Felipe, da Reserva Indígena Xavante Parabubure, em Campinápolis (MT).
Também foram realizadas audiências públicas nas capitais Campo Grande e Cuiabá, com escuta direta de indígenas, profissionais de saúde, agentes comunitários do Programa de Saúde da Família Indígena e autoridades públicas. O grupo cobrou providências urgentes da Presidência da República, Ministério da Saúde, Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e do Ministério Público Federal.
Em 2025, Geraldo Resende segue atuando com firmeza na defesa dos povos indígenas, com propostas e investimentos concretos. Em Dourados, ele articulou a implantação do primeiro SAMU Indígena do Brasil e a construção de duas Unidades Básicas de Saúde nas aldeias Bororó e Jaguapiru.
Por meio do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a aldeia Bororó foi contemplada com uma nova escola de ensino fundamental com 13 salas de aula, garantindo mais estrutura e dignidade às crianças. Junto ao Ministério da Educação, o parlamentar também viabilizou a construção de seis creches em aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul.
Duas serão em Dourados (Bororó e Jaguapiru), e as demais atenderão as comunidades Tey Kuê (Caarapó), Pirajuí (Paranhos), Limão Verde e Ipegue (Aquidauana), ampliando o acesso à educação infantil.
Além disso, com apoio de emendas parlamentares e articulação junto ao governo federal, foram asseguradas a construção de 300 moradias para famílias indígenas e a destinação de dois caminhões-pipa que atendem mais de 20 mil indígenas das etnias Guarani, Kaiowá e Terena. Está em fase de implantação um sistema completo de abastecimento de água potável, um direito essencial que alcançará milhares de pessoas.