Suspensão dos transplantes em MS

Amigos, diante da situação grave por que passa o setor de transplantes em Mato Grosso do Sul é válida uma reflexão acerca dos motivos que levaram nosso Estado a passar da quinta posição entre aqueles que mais realizavam esses procedimentos, em 2002, para a suspensão dos mesmos, nos dias de hoje.

Lembro-me como se fosse hoje o dia em que inauguramos, em Campo Grande, em fevereiro de 2002, a nova sede da Central de Transplantes, localizada no andar térreo da Santa Casa de Campo Grande, condição que além de melhorar as condições de trabalho para os servidores, facilitou o acesso aos usuários, na época.

A medida foi mais que acertada, pois quando deixei a Secretaria de Estado de Saúde, em março de 2002, a Central registrava a marca de 472 transplantes realizados, sendo: 240 de rim, 13 do coração, 217 de córnea e 2 transplantes de válvula cardíaca.

Mato Grosso do Sul já possuía, naquela ocasião, três centros de transplantes autorizados: a Santa Casa de Campo Grande para rim, coração e córnea, o Instituto da Visão e o Centro Integrado de Oftalmologia para Córnea. Hoje, questionamos: ao invés de continuar avançando, credenciando novas unidades e implantando um programa de assistência aos pacientes nos períodos pré e pós-transplantes, Mato Grosso do Sul regrediu, pois os transplantes estão suspensos em nosso Estado.

É um assunto para sérias reflexões e discussões, na busca de soluções que evitem a morte de muitas pessoas, principalmente dos pacientes renais crônicos.



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