Leia artigo de Geraldo Resende: "Por que retornei ao PSDB"

19/03/2016 13h15

Meu retorno reforça em mim a certeza de que todo mundo deve ter coragem para rever suas posições e suas metas.

Agradeço a acolhida que sempre tive no PMDB. Enquanto estive nas fileiras do partido, procurei honrar os compromisso que assumi com a população. E é justamente o respeito a esse compromisso que me faz tomar essa decisão.

Eu fui um dos fundadores do PSDB em Dourados. E quis o destino que agora, no momento em que o país enfrenta a mais grave crise da sua história democrática, eu recebesse um chamado das lideranças nacionais e locais para regressar.

Não tenho como seguir no PMDB vendo o partido ser carregado para o abismo criado por este desgoverno que aí está. Não posso fechar os olhos ao clamor da população nas ruas. Não posso me aquietar diante de tanto descontrole.

Estou de volta ao PSDB porque tenho certeza de que, aqui, formarei uma trincheira de onde defenderei o Brasil, o Mato Grosso do Sul e Dourados. Ajudarei a buscar o ponto de equilíbrio que não deixará o país cair em mãos erradas. Mas principalmente, somarei ao lado daqueles que desejam uma mudança substancial, uma transformação que tire o país desse estado de perplexidade e que o ajude a trilhar um caminho de resgate da dignidade do brasileiro.

No caso particular de Dourados, creio que no PSDB vou reunir as condições necessárias, políticas e técnicas, para realizar um antigo sonho: o de promover uma administração municipal respeitosa, realizadora e justa para a cidade que tão bem me acolheu e que tanto me deu.

A hora é de devolver a Dourados o meu carinho e o meu respeito. Eu estou preparado para esse desafio.

Com a fé em Deus, com o apoio do partido que ajudei a criar, com o respaldo da população de Dourados, coragem não vai me faltar para ser o melhor prefeito que a nossa cidade já teve em toda sua história.

  1. APOIO DO PMDB AO GOVERNO DILMAO PMDB perdeu a chance de ajudar o Brasil a tomar um novo rumo. Essa chance aconteceu na convenção do partido, que aconteceu sábado passado, onde eu e um grupo de parlamentares defendemos o rompimento com o governo. Isso não aconteceu. Sintonizado com o clamor que vem das ruas, não podia continuar compartilhando com isso que aí está. Restou-me sair do partido.

  2. VOLTA AO PSDBMeu ingresso no PSDB não é a chegada de um estranho ao ninho. Fui o fundador número um da legenda em Dourados, no final da década de 80. Fui eleito vereador, por duas vezes, nessa sigla e tive que deixá-la, em 1996, por contingências da política estadual, quando ingressei no PPS. Mas a linha programática da social democracia, para mim, é a que mais tem condições de garantir o crescimento da Nação, respeitando-se as conquistas sociais, alinhadas ao respeito a quem trabalha, a quem produz e a quem gera empregos, com respeito ao ser humano e ao meio-ambiente

  3. COMPANHEIRISMOA saída do PMDB não significa um rompimento com os companheiros que levei para o partido, e nem com aqueles que acalentaram conosco o sonho de uma candidatura a prefeito. Quero aproveitar este momento para agradecer, de coração, todos aqueles que nos ajudaram a construir a pré-candidatura, mesmo com o risco que existia, e anunciado nas prévias realizadas no último dia 5 de março, de que eu poderia sair do partido e que, mesmo assim, nos deram 45 votos a favor. Estou conversando com todos esses companheiros e convidando-os a seguirem juntos no novo projeto. Mas essa é uma conversa baseada no respeito gratidão mútuos. Por isso, não vamos pressionar ninguém a deixar o PMDB, agremiação que, em âmbito local e regional, desfruta do nosso maior carinho e consideração.

  4. SEM MÁGOASDeixo o PMDB sem mágoas. Como já disse, permanecem no partido, tanto em âmbito local quando estadual, homens de bem, íntegros e honestos. Porém, da mesma forma, creio que os que ficam, não terão queixas da minha pessoa, pois ao longo dos quase nove anos que militei neste partido, fui leal e companheiro, ajudando, por exemplo, na reeleição do governador André Puccinelli, do senador Waldemir Moka e, também, indo para as ruas defender os projetos locais, nos quais o PMDB se integrou, como foi nas duas candidaturas do atual prefeito Murilo Zauith, sendo a última vitoriosa.

  5. ALINHAMENTO COM ESTADOOutro fator preponderante nessa decisão foi o fato de que diante da crise que enfrentamos, Dourados vai precisar muito do governo do Estado. No convite que recebi do governador Reinaldo Azambuja e do senador Aécio, ficou garantido o apoio forte do governo estadual ao segundo maior município de Mato Grosso do Sul, ainda mais se isso ocorrer numa eventual administração alinhada politicamente.

  6. SONHO DE SER PREFEITOO senhor de ser prefeito de Dourados não é novidade para ninguém. Meu desenho é retribuir com mais trabalho, tudo aquilo que a cidade me proporcionou, desde que aqui cheguei, ainda menino, no final da década de 60. Por outras duas vezes trabalhei para isso, mas forças políticas que comandavam a política local e regional me impeliram a apoiar outros projetos, com a proposta de manter a chamada "governabilidade", ou a paz institucional. Desta vez, a população douradense não pode mais ser privada de avaliar o projeto que vamos levar às ruas.

  7. UM NOVO PROJETO PARA A CIDADEAo longo de minha vida pública, desde que fui eleito vereador pela primeira vez, em 1992, tenho trabalhado incansavelmente para garantir ações que melhorem a qualidade de vida de nossa gente. Como deputado estadual, conseguimos tornar realidade lutas históricas, como por exemplo, a implantação do Hospital da Mulher em Dourados. Na Câmara federal, sou reconhecido como o parlamentar que mais recursos trouxe para a cidade, em toda a sua história. Esse trabalho, eu quero continuar, com mais ênfase ainda. Para tanto, vamos construir um novo projeto para Dourados, com propostas elaboradas por toda a sociedade, que vai me ajudar a formatar nosso plano de governo.

  8. AMPLA ALIANÇADe agora em diante vou intensificar as conversações com as lideranças das demais agremiações políticas com o objetivo de formar uma ampla aliança em favor de Dourados. Nosso projeto não será excludente, a não ser quanto ao combate à corrupção, pois não aceitaremos fazer concessões a quem, eventualmente, buscar a garantia de benesses em favor de interesses escusos. Também não faremos concessões à incompetência e à má-vontade que, infelizmente, existe no poder público, apenas para garantir apoio político ou institucional.



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