Resende propõe parceria com HR para zerar filas de pacientes que aguardam teste de surdez

Por conta das filas intermináveis de pacientes, principalmente crianças, que não foram submetidos a exames para detectar o grau de surdez, o deputado federal Geraldo Resende (PSDB) propôs à SES (Secretaria de Estado de Saúde) parceria para que a realização desses procedimentos seja feita no Hospital Regional sem custo algum. O governo apenas deve ceder os leitos do centro cirúrgico, que não são usados nos fins de semana, para que tudo seja feito pelo CER/Apae (Centro Especializado em Reabilitação da Apae de Campo Grande).

 

Resende encaminhou ofício ao secretário Maurício Simões na segunda-feira 29, solicitando a parceria. Conforme o parlamentar, o exame apropriado para o diagnóstico é o BERA (Brainstem Evoked Response Auditory), também conhecido por PEATE (Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico), que avalia o processamento central do sinal auditivo captado, detectando possíveis surdezes.

 

Apesar de ser realizado em adultos, o BERA geralmente é indicado para crianças e bebês, principalmente quando há algum risco de perda auditiva devido à genética ou devido a um resultado alterado no teste da orelhinha, feito após nascimento para avaliar a audição. “O BERA possibilita ao médico identificar se a causa é decorrente de uma lesão no nervo do ouvido ou no cérebro”, observa o deputado.

 

Como os exames no HR serão feitos pelo CER/Apae, caso a parceria evolua, envolverão um profissional responsável pelo BERA e um anestesiologista, pois há necessidade de sedação ou anestesia para levar a criança ao sono induzido para que nenhum movimento interfira na resposta elétrica e, consequentemente, na interpretação correta do resultado.

 

Mais saúde, menos fila – Outra meta de Geraldo Resende é garantir a inserção do BERA no programa ‘MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila’, do governo do Estado, que visa atender a demanda reprimida de 15 mil cirurgias eletivas em diversas especialidades e 42,5 mil exames diagnósticos. Com investimento de R$ 45 milhões de recursos próprios e R$ 7,9 milhões de recursos federais, a iniciativa foi lançada no início de maio.

 

Dados do SISREG (Sistema de Regulação de Vagas) apontam que até abril havia 850 solicitações aguardando vaga para a realização do BERA, sendo 514 de Campo Grande e 336 de municípios do interior. Até maio a demanda reprimida do BERA nos locais credenciados ao SUS era de 239 exames, enquanto no Estado 1.089.

 

“O custo total do BERA é de R$ 2.075,00, valor que muita gente não pode pagar. Tanto a parceria com o Hospital Regional, quanto a inserção do exame no programa ‘Mais Saúde, Menos Fila’, poderão agilizar a demanda reprimida”, pontua o parlamentar.

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