Título Principal
09/02/2022 10h50
"Vamos concretizar o sonho de fazer desse hospital a referência para tratamento oncológico em Mato Grosso do Sul. Assim, avançamos em mais essa etapa da regionalização da saúde". A afirmação é do secretário estadual de Saúde, após assinatura de termo de compromisso que prevê a transferência de R$ 16 milhões do Estado para a conclusão do prédio de sete andares do Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA), de Campo Grande.
A cerimônia de assinatura aconteceu na última segunda-feira (7). Além do secretário Geraldo Resende, que assinou o termo junto com o governador Reinaldo Azambuja, participaram também os secretários Eduardo Riedel (Infraesrutura) e Eduardo Rocha (Governo e Gestão Estratégica), além dos deputados Paulo Duarte, Herculano Borges, Gerson Claro e Evander Vendramini.
A obra de construção começou em 2009 e foi paralisada por falta de recursos próprios do hospital. Ao longo dos últimos anos, o governo do Estado já repassou R$ 21 milhões para o Hospital, somando R$ 37 milhões, quando a nova transferência se concretizar.
O termo de compromisso prevê a transferência dos recursos em cinco parcelas. A primeira será paga em cinco dias. "Com mais esses aportes, será possível mais que triplicar a capacidade de leitos, que vai sair dos atuais 58 para 202,destacou o governador Reinaldo Azambuja durante o evento.
A expectativa da diretoria do Hospital do Câncer Alfredo Abrão é finalizar as obras em junho próximo para começar a atender pacientes a partir de agosto. "Assim que o dinheiro cair na conta as obras começam", afirmou o diretor-presidente do HCAA, Amilcar Silva Júnior."Até 30 de março, os três primeiros andares e todo o centro cirúrgico serão concluídos. Os outros pavimentos serão entregues até 30 de junho, que é a data limite para que esse hospital seja edificado", completou Geraldo Resende.
O hospital
Com área total de 10.340 metros quadrados, o novo prédio do Hospital do Câncer Alfredo Abrão, anexo à construção antiga, terá vinte leitos de UTI oncológicos, oito salas de cirurgia, 90 novos leitos de internação de adultos e dois andares exclusivos para o atendimento da oncologia pediátrica, com dez leitos de transplante de medula óssea e cinco leitos de UTI infantil.
O HCAA tem caráter filantrópico, beneficente e sem fins lucrativos, sendo o único hospital totalmente voltado para o tratamento do câncer no Estado, atendendo 98% de pacientes regulados pelo SUS e realizando uma média mensal de 1.200 tratamentos clínicos, 150 cirurgias oncológicas e 450 atendimentos de pacientes em radioterapia.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Corrêa, participou do ato no hospital. "Para nós, é uma satisfação imensa participar da assinatura da liberação de mais R$16 milhões, em recursos do Tesouro Estadual, para retomada das obras de ampliação da unidade que é referência no tratamento oncológico, em Mato Grosso do Sul", disse.
Parceria antiga
Em 2015, início da gestão do governador Reinaldo Azambuja, cerca de R$ 15 milhões de recursos próprios do Estado foram investidos no término de dois pavimentos do HCAA: o subsolo e o térreo do prédio, que entraram em funcionamento no final do ano de 2016.
No subsolo hoje funciona o setor de imagens (Tomografia, Raio X, Mamografias, Ultrassom), Radiologia Intervencionista, Farmácia de apoio, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), descanso médico e demais dependências de apoio.
No térreo, são prestados serviços de ambulatório médico, com 16 consultórios, nos quais atuam os profissionais médicos e a equipe multiprofissional, com uma média de 1.500 consultas ambulatoriais/mês em atenção especializada.
Além do aporte de mais de R$ 15 milhões para a obra física, o Estado enviou R$ 6 milhões em 2021 para o hospital comprar aparelhos de ar-condicionado, necessários para o funcionamento de alguns serviços. Os equipamentos possuem filtros de HEPA (High Efficiency Particulate Arrestance) – o mesmo sistema utilizado atualmente em aeronaves.
Novo hospital
Após a conclusão de todo o prédio, segundo a diretoria do hospital, o 1º andar abrigará o Centro Cirúrgico e CME: 8 salas cirúrgicas e 9 leitos de recuperação. No 2º andar vão funcionar 20 leitos de UTI adulto. Já o terceiro, quarto e quinto andares serão para internação de adultos, com 32 leitos por andar, totalizando 96.O sexto Andar será para internação pediátrica, com 27 leitos infantis. E no sétimo andar funcionarão o ambulatório, a quimioterapia e as UTI’s pediátricas. Serão cinco leitos e 12 poltronas para quimioterapia das crianças.