Bancada pede permanência da Força Nacional em Ponta Porã
Coordenador da bancada federal, deputado Geraldo Resende, considera contraproducente governo lançar Plano de segurança e desguarnecer fronteira
O coordenador da bancada federal de Mato Grosso do Sul, deputado Geraldo Resende (PMDB-MS), condenou a decisão do Ministério da Justiça de desativar a base da Força Nacional em Ponta Porã. “Estamos convocando toda a bancada e prefeitos para cobrar a manutenção da Força Nacional, não apenas em Ponta Porã, mas também nos municípios em toda faixa de Mundo Novo e Corumbá, nas fronteiras com o Paraguai e a Bolívia”.
O Ministério da Justiça anunciou na semana passada que as tropas da Força Nacional baseadas em Ponta Porã seriam desmobilizadas até esta quinta-feira, dia 30. Para Geraldo Resende, a medida é um contrasenso, porque é tomada logo em seguida ao lançamento, pela presidente Dilma Rousseff, de um Plano de segurança para as fronteiras.
Nesta quarta-feira, o coordenador da bancada enviou ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com cópia à secretária nacional de Segurança Pública, Renina Miki, pedindo que a medida seja revista. Segundo Geraldo Resende, é ideia também mobilizar a bancada e prefeitos da região fronteiriça para cobrar do ministro da Justiça a manutenção da base em Ponta Porã.
De acordo com o deputado, o afrouxamento do policiamento na fronteira expõe em risco não só a segurança das pessoas, mas põe por terra o Plano anunciado em abril pelo Palácio do Planalto, quando foi instalada a Comissão Permanente para o Desenvolvimento e a Integração da Faixa de Fronteira, com o objetivo de assegurar a execução de políticas públicas comuns ao desenvolvimento econômico, segurança e paz social. A medida também vai na contramão do Plano de Segurança também anunciado no início do mês pelo governo.
“Como pode um Plano anunciar reforço da segurança nas fronteiras, em uma ação coordenada entre as Forças Armadas, Polícia Federal, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal, quando há uma decisão de desmobilização de um dos braços do centro de operações conjuntas? Para enfrentar a violência e o crime organizado o correto seria ampliar os efetivos, não só em Ponta Porã, mas também em Corumbá, uma das portas de entrada de drogas e armas no País”, diz o deputado Geraldo Resende.