Obra do Hospital da Mulher e Criança, em Dourados, emprega 65 trabalhadores
25/10/2018 18h01
Com 15% dos trabalhos executados, a obra do Hospital da Mulher e da Criança, em anexo ao Hospital Universitário de Dourados, já emprega 65 trabalhadores diretos com previsão de novas contratações no decorrer dos trabalhos. Além disso, são gerados centenas de empregos indiretos com a contratação de fornecedores locais.
Na última terça-feira (23) o deputado federal Geraldo Resende (PSDB), articulador dos recursos federais que custeiam as obras, esteve no canteiro de obras, acompanhado do superintendente Ricardo do Carmo Filho, além do deputado estadual José Carlos Barbosa (Barbosinha) e o vereador Idenor Machado.
O objetivo da visita foi acompanhar o andamento da construção para que possa trabalhar em Brasília pelo empenho e liberação de investimentos para a conclusão da primeira etapa. "As contratações das equipes de trabalho geram emprego local e garantem um ritmo bastante acelerado nas obras", destaca.
De acordo com o superintendente do Hospital Universitário, Ricardo do Carmo Filho, depois de pronta a unidade vai representar um aumento na qualidade e no acolhimento à gestante, superando inclusive questões de superlotação na maternidade. O Hospital também prepara novas residências em Enfermagem Obstétrica e Saúde Materno Infantil que refletem a evolução da missão institucional em promover assistência à saúde de maneira indissociável do ensino, da pesquisa e da extensão.
Conforme ele, com uma estrutura maior, será possível ampliar projetos e programas como parto adequado, doulas voluntárias, entre outros que visam ainda a oferecer às mulheres e aos bebês o cuidado certo, na hora certa, ao longo da gestação, durante todo o trabalho de parto e pós-parto, considerando a estrutura e o preparo da equipe multiprofissional, a medicina baseada em evidência e as condições socioculturais e afetivas da gestante e da família.
A unidade também contará com o Pronto Atendimento Ginecológico e Obstétrico que oferecerá diversos serviços para as gestantes. Atualmente o Hospital Universitário tem a maternidade que mais realiza partos no Estado. São 91% de todos os partos da macrorregião, que envolve 34 municípios.
O deputado Geraldo Resende, que viabilizou os recursos federais para a obra diz que a missão desse hospital será garantir um cuidado especial às gestantes e aos bebês, além de ampliar as atividades de ensino e pesquisa, que são inerentes ao Hospital Universitário. "Com certeza será a mais moderna estrutura de saúde pública especializada em obstetrícia do Estado", destaca o parlamentar.
Segundo Geraldo, a nova unidade vai acabar com a superlotação. "Atualmente a taxa de ocupação na maternidade do Hospital Universitário é de 182%, ou seja, quase o dobro. São 25 leitos de obstetrícia e 6 leitos de ginecologia contratualizados, mas a demanda é sempre muito maior do que isso".
Investimentos
Para o início das obras, o Ministério da Educação já liberou a quantia de R$ 19 milhões, cuja primeira etapa demandará um investimento de R$ 34 milhões. Incluindo a segunda etapa, o Hospital custará R$ 51 milhões e já conta com investimentos garantidos pelo Governo federal.
A edificação na primeira etapa terá área construída de 6.370,68 metros quadrados, além de 18 mil metros quadrados de urbanismo e infraestrutura completa. Já nessa primeira etapa, o hospital vai ofertar 55 leitos e serviços de pronto-atendimento pediátrico, pronto-atendimento obstétrico, alojamento conjunto da maternidade, Centro de Parto Normal com cinco quartos PPP (Pré-parto, Parto e Pós-parto), Centro Obstétrico com quatro salas cirúrgicas, Ambulatório Pré-Natal de Alto Risco, além de estruturas de apoio, como sala de plantão, área de apoio a Ensino e Pesquisa, brinquedoteca e área de convivência, com café e recepção geral.
Na segunda etapa, serão construídos 3.304,42 metros quadrados, consistindo em uma estrutura que vai abrigar mais 80 leitos distribuídos entre as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Pediátrica e Neonatal, Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs), além de estruturas de apoio, como Banco de Leite Humano, Ambulatório Segmento Recém-Nascido, plantão e apoio ao Ensino e Pesquisa.
A luta pela construção do Hospital da Mulher e da Criança começou em 2009 com a garantia de R$ 12,9 milhões em 2010, os quais foram perdidos por questões burocráticas pela administração da UFGD. Mesmo assim, o deputado Geraldo Resende trabalhou pela conquista de novos recursos com o apoio da bancada federal junto ao Ministério da Educação, já que o Hospital é da UFGD e também funcionará como hospital escola.