Leia artigo de Geraldo Resende: Instituto da Mulher e da Criança - IMC, já!
02/09/2013 10h25
Com a possibilidade da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)assumir a construção do Instituto da Mulher e da Criança (IMC) em Dourados, o deputado federal Geraldo Resende escreve artigo sobre o assunto. Leia, a seguir, a íntegra, publicada na edição de 30 de agosto, no jornal "O Progresso".
Instituto da Mulher e da Criança - IMC, já!
Uma angustiante situação, que vinha me incomodando sobremaneira, bem como a todos os que querem uma saúde pública melhor, está prestes a chegar ao fim. Depois de inúmeras cobranças, reuniões, ofícios, audiências e outros procedimentos, as obras de construção do Instituto da Mulher e da Criança, o IMC, poderão ter início em breve.
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) deve assumir a execução das obras de construção, conforme entendimento que tive essa semana, em reunião com o presidente da Empresa, José Rubens Rebellato, sua equipe técnica e a Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD.
Ali, fui solicitar a intervenção do Governo Federal, com o objetivo de agilizar o início da obra do IMC, uma vez que o investimento de R$ 12,9 milhões, por mim viabilizado, está na conta da UFGD há 14 meses, sem que a instituição consiga se desvencilhar dos entraves para dar começar a construção.
Como resultado, na próxima terça-feira (3), o reitor da Universidade UFGD, Damião Duque de Farias, estará em Brasília para formatar o contrato com a EBSERH, que deve gerir o Hospital Universitário (HU). Caso o contrato seja assinado, será a Empresa a gestora do HU e, por conseqüência, a administradora dos recursos que viabilizamos para a construção do IMC.
Os R$ 12,9 milhões para a construção do IMC foram por nós viabilizados junto ao Ministério da Saúde no ano de 2010. Na época, comemoramos o que poderia significar o maior investimento em saúde da cidade, um hospital escola de ponta para a UFGD e a redenção da saúde da mulher e da criança de toda a região da Grande Dourados. De lá para cá, no entanto, tivemos diversas frustrações, com inúmeros atrasos na confecção de diversas planilhas e, consequentemente, com a demora na licitação para a escolha da empresa que vai executar a construção do projeto.
Os recursos foram pagos para a UFGD para a edificação deste hospital no dia 08 de junho de 2012, às 12 horas e 03 minutos. A cada minuto de atraso, os estudantes ficam sem este espaço de aprendizado e pesquisa e, principalmente, a cada minuto, uma mãe está em uma fila a espera de atendimento desde a madrugada, uma criança está sem exames imprescindíveis para o seu tratamento e muitos desses não conseguirão esperar até amanhã.
Com todo este atraso, o valor viabilizado não é mais compatível com a obra, fazendo com que a UFGD tenha de disponibilizar outros R$ 6 milhões para conseguir edificar a ação. Esta sucessão de atrasos pode ser fatal para muitos pacientes, daí a minha angústia e a busca de soluções.
O problema é ainda mais angustiante, quando sabemos que há vários anos, Dourados deixou de ter um hospital específico para a saúde da mulher, e esta área foi distribuída para diversas unidades. O Hospital da Mulher, por mim defendido desde quando fui vereador nos idos de 1993 e por mim ativado quando ocupei o cargo de secretário estadual de Saúde, em dezembro do ano 2000, era essa unidade, implantada onde hoje é o Hospital da Vida.
Depois de vários anos, em dezembro de 2007, o Hospital da Mulher foi transferido para o prédio do antigo Hospital Santa Rosa, e dali, em 31 de dezembro de 2010, os serviços ambulatoriais e de emergência nas áreas de ginecologia e obstetrícia passaram a ser oferecidos no Hospital Universitário.
Portanto, desde 2010, as mulheres de Dourados e região deixaram de ter uma unidade específica na área de saúde, levando-nos a articular, a partir de então, a implantação do Instituto da Mulher e da Criança. É uma luta até certo ponto sui generis, porque geralmente a maior dificuldade é conseguir os recursos e, no nosso caso, essa etapa foi superada há mais de dois anos, restando os entraves técnico-burocráticos que, parece, estão chegando ao fim.
Estamos atentos, fazendo nossa parte. E continuaremos bradando: IMC, já!