Geraldo quer envio de relatório sobre Vila Olímpica ao MPF

Deputado diz que vai solicitar inspeção extraordinária do Tribunal de Contas da União

O deputado federal Geraldo Resende está propondo que a Fundação de Cultura e de Esportes de Dourados (Funced) encaminhe ao Ministério Público Federal (MPF) o relatório que elaborou sobre a obra da Vila Olímpica Indígena, no qual aponta falhas na execução do projeto contratado pela Prefeitura, na primeira etapa, e pelo governo do Estado, na segunda etapa.

Segundo o parlamentar, essa providência será importante para que o órgão federal possa responsabilizar quem, eventualmente, tenha se omitido de sua obrigação de fiscalizar as obras no seu devido tempo. “Pessoalmente, já solicitei uma cópia para encaminhá-lo ao Tribunal de Contas da União (TCU) a fim de que este órgão possa fazer uma inspeção extraordinária naquela obra”. Geraldo sugere ainda que o mesmo documento seja enviado às secretarias de Obras do Município e do Estado para que tomem as providências necessárias.

A informação de que a Funced produziu um relatório sobre a Vila Olímpica foi publicada na edição desta sexta-feira no jornal “Diário MS”. Na avaliação de Geraldo Resende todas as eventuais falhas podem e dever ser corrigidas, porém, para ele “falha muito maior é o fato de a Vila Olímpica estar pronta há três meses e até agora não estar funcionando pelo fato do Município e do Estado se omitirem de honrar entendimentos assumidos durante sua execução”.

De acordo com o parlamentar o compromisso de administrar a Vila Olímpica foi assumido pela Prefeitura na gestão do ex-prefeito Laerte Tetila e reafirmado pelo seu sucessor, Ari Artuzi, conforme consta, inclusive, em documento anexo ao processo que se encontra no Ministério do Esporte. “Essa situação está incomodando até o governo federal, pois se à época soubesse que o Município não iria se comprometer com a gestão, não teria investido os recursos federais ali aplicados”, explica.

Gestão

Geraldo Resende disse acreditar que todas as falhas apontadas no relatório da Funced podem e devem ser sanadas. “Vamos montar uma força tarefa e eu quero ser parceiro desse trabalho. O que não podemos é deixar a Vila Olímpica fechada enquanto cerca de oito mil indígenas, entre jovens e crianças, não têm um espaço adequado para a prática desportiva e deixam de adotar uma vida mais saudável como alternativa ao uso de drogas, álcool e outras formas de violência”.

O deputado avalia que a correção dos problemas pode ser feita com todas as atividades em andamento. “Daí esperarmos que o relatório não tenha sido feito apenas com o objetivo de justificar descompromisso com a população indígena”, complementa. Geraldo explicou que, mesmo não sendo seu papel, está buscando alternativas para um modelo de gestão para a Vila Olímpica, havendo, inclusive, proposta de convênio da Fundação de Apoio da UFGD (Funaepe) com o Ministério da Justiça ou Ministério do Esporte.


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