Geraldo integra comitiva da Câmara em visita a aldeias de MS

07/12/2012 08h13

Índios denunciam serem vítimas de extermínio étnico. Comissão externa do Congresso quer ouvir os envolvidos.

O deputado federal Geraldo Resende (PMDB/MS) irá integrar a comissão externa do Congresso Nacional que vai viajar para investigar supostas ameaças a índios Guarani-Kaiowá. Os indígenas relatam serem vítimas de extermínio étnico nos conflitos fundiários que travam com fazendeiros no Estado. Os parlamentares planejam viajar no próximo dia 10 para Mato Grosso do Sul.

Os Índios acampados na fazenda Cambará chegaram a afirmar que resistiriam a decisão judicial determinando a retirada da propriedade, onde viviam tradicionalmente. A liminar da justiça federal de Naviraí, acabou cassada por decisão do Tribunal Regional Federal da 3° Região.

O objetivo da comissão externa durante a viagem é ouvir os envolvidos no conflito e também o juiz em Naviraí, responsável pela ação de reintegração de posse; os procuradores do Ministério Público que atuam no caso; e ainda representantes da Funai na cidade de Ponta Porã e do Incra de Campo Grande.

O deputado Geraldo Resende espera obter informações suficientes para apoiar os trabalhos da Câmara e do Senado que tratam de conflitos de terra entre índios e proprietários rurais. “Essa viagem é uma oportunidade para os deputados e senadores, que não conhecem nossa realidade no estado, terem contato com a população indígena, conhecerem a situação precária em que essas pessoas vivem e também saber das dificuldades que os proprietários rurais tem passado”, argumenta Geraldo Resende.

Também irão participar da comitiva ao Mato Grosso do Sul os deputados Alessandro Molon (PPS-PA), Arnaldo Jordy (PPS-PA), Janete Capiberibe (PSB-AP), Penna (PV-SP), Ricardo Tripoli (PSDB-SP) e Sarney Filho (PV-MA); e os senadores Delcídio do Amaral (PT-MS), João Capiberibe (PSB-AP), Randolfe Rodrigues (Psol-AP) e Waldemir Moka (PMDB-MS).

Para Geraldo Resende, mais importante do que por fim aos conflitos é resolver os problemas dentro das comunidades indígenas. “Acabar com a disputa por terras não vai tirar os índios das mazelas que se encontram hoje em dia. São comunidades sem infraestrutura que sofrem com o descaso dos governos federal, estadual e municipal com relação às áreas de saúde e educação. Além disso, não podemos cometer injustiça com quem tem terras tituladas há muitas décadas. Se vamos estender as terras, vamos também fazer justiça aos proprietários, indenizando-os pelo valor real de suas terras”, defende.



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