Leia entrevista de Geraldo Resende: 'Trabalho é o que fará diferença em 2016’

28/07/2015 11h34

O deputado federal Geraldo Resende concedeu entrevista ao jornal "O Progresso", publicada na edição de hoje (28/07). Leia a íntegra:

Quando garoto, o deputado federal Geraldo Resende (PMDB) tinha um sonho: ser médico. Trabalhou, estudou e conquistou seu objetivo e comprovou que o trabalho, a educação e a persistência são as ferramentas que constroem uma sociedade vencedora. Eleito em 2003 para representar Mato Grosso do Sul em Brasília, Geraldo continuou utilizando as mesmas práticas para garantir conquistas importantes para o Estado e, especialmente, para a cidade que o acolheu, ainda criança.

Nesta entrevista, o parlamentar que foi vereador por duas vezes em Dourados, deputado estadual, secretário estadual de Saúde e que agora está no quarto mandato em Brasília, fala das razões que o levam a lutar incansavelmente por melhorias nas condições de vida da população. Fala, ainda do sonho de ver a segunda maior cidade do Estado consolidar sua condição de pólo irradiador de desenvolvimento para toda a Região da Grande Dourados, e por que pretende ser candidato a prefeito nas eleições do ano que vem.

O Progresso - Deputado, estamos às vésperas de um processo eleitoral, já que no ano que vem a população vai escolher novos representantes municipais. O seu nome sempre é citado como pré-candidato a prefeito. Por quê?

Geraldo Resende – Dourados foi a cidade que me recebeu de braços abertos, quando aqui cheguei com meus pais e irmãos no final da década de 1960. Aqui cresci e conquistei meus sonhos e, ao longo da minha vida pública, tenho procurado retribuir tudo isso. Administrar essa cidade é, portanto, uma conseqüência natural como coroação de minha trajetória política, que começou quando fui eleito vereador pela primeira vez, em 1993, passando pelas ações que desenvolvi como deputado estadual, secretário estadual de Saúde e, agora, no quarto mandato como deputado federal.

O Progresso – Mas esse sonho também é expresso por outros agentes políticos, que se colocam como pré-candidatos, até mesmo mudando de partido para se viabilizarem. Qual seria o seu diferencial, em relação a outros possíveis candidatos a prefeito?

Geraldo Resende – Tenho certeza que o que fará a diferença, em 2016, será o trabalho comprovado. Aliás, a população já está dando o tom da próxima campanha. Os moradores dos mais diversos pontos da cidade me dizem, por onde eu passo: “o senhor tem que ser o nosso prefeito, para continuar esse trabalho”. Por isso, minha pré-candidatura é uma construção que está vindo do chão, das ruas e da população.

O Progresso – Em sua opinião, qual é o perfil daquele que o douradense quer ver no comando do Município?

Geraldo Resende – O eleitor está cansado daquele político tradicional, que vive dando tapinhas nas costas, fazendo do assistencialismo a razão de seus mandatos como forma de manter o eleitor na dependência de migalhas, sem, no entanto, exercer o verdadeiro papel de solucionar problemas crônicos e coletivos. Além disso, constato que os douradenses não estão mais dispostos a fazerem aventuras, pois já fez experiências que não deram certo. O eleitor agora quer eleger representantes que ataquem de frente as questões na área de saúde, na educação, na infraestrutura, na mobilidade urbana. E ele sabe quem, de fato, tem esse perfil.

O Progresso – Como está a construção de sua pré-candidatura?

Geraldo Resende – Temos que fazer como diz o ditado, “com um olho no peixe, e outro no gato”. O momento é de trabalhar incansavelmente, principalmente por causa da crise econômica e política que o país atravessa. E é o que estamos fazendo. Por conta desse trabalho nenhum município no País está asfaltando a quantidade de ruas que Dourados, não está discutindo investimentos em saúde como nós, que estamos discutindo o Hospital Regional de Dourados, que temos recursos para a reforma do Hospital da Vida, construção do Centro de Diagnóstico de Imagens, três escolas de ensino médio, duas escolas técnicas, e na área da segurança a Delegacia da Mulher... Ou seja, esses recursos não caíram do céu, se Dourados os tem é porque alguém trouxe. Para conquistá-los, foi necessário muito trabalho, empenho, criatividade e acreditar no impossível. Paralelamente, prosseguiremos nossos debates com a sociedade e lideranças políticas para construirmos uma candidatura viável e vitoriosa.

O Progresso – Com quais lideranças o senhor está conversando?

Geraldo Resende – Com todos aqueles que não tenham medo de trabalhar e de pensar coletivamente e não priorizam questões menores da política e projetos pessoais. Temos em Dourados, diversos outros agentes políticos, lideranças, técnicos, intelectuais e pesquisadores que também sonham em contribuir para o desenvolvimento desta cidade. São pessoas que tem projetos e ideais, que poderão somar na construção de um sentimento que objetive projetar a cidade que queremos ter daqui a dez, vinte, trinta anos ou mais. Estou conversando com todas essas pessoas, estou indo ao encontro dos moradores dos mais distantes bairros, dos empresários, dos trabalhadores, das lideranças políticas de todos os partidos, enfim, estou as convidando a fazerem parte de uma “aliança por Dourados” e a construírem o plano de governo que será levado à praça pública no ano que vem.

O Progresso – Há algum setor que o senhor pretende priorizar, no seu plano de governo?

Geraldo Resende – Eu poderia resumir, de uma forma simplista, que devem existir dois setores imprescindíveis na próxima gestão: o planejamento e a execução. Dourados não pode mais viver de improvisações causadas pela falta de planejamento. A segunda maior cidade do Estado merece uma administração arrojada e desenvolvimentista, sem, no entanto, deixar de lado a parte social e humanitária, pois o progresso somente tem valor quando representa crescimento para toda a sociedade.

O Progresso – Então, como deverá ser, na sua avaliação, o próximo administrador de Dourados?

Geraldo Resende – O futuro administrador de Dourados deverá ter, ao assumir o mandato em 1.º de janeiro de 2017, um completo diagnóstico da situação econômica, financeira, social e estrutural do município. Questões como déficit habitacional, demanda de creches, oferta e procura de serviços de saúde, educação e de outros setores, têm que estar, como se diz, “na ponta da língua” para quem pretende administrar a cidade. E, sobretudo, o futuro prefeito não poderá ter medo dos desafios, de ir às ruas e sentir os problemas das pessoas seja nos bairros, nos postos de saúde, no centro da cidade ou na periferia. Terá que enfrentar as dificuldades e correr atrás das soluções, até mesmo seguindo experiências que já deram certo em outras localidades.

O Progresso – Seu trabalho é muito elogiado inclusive por adversários políticos, pelo fato do senhor conseguir trazer muitos recursos para Dourados. Sendo candidato e, em caso de ser vitorioso, a cidade não vai perder essa representatividade que o senhor exerce lá em Brasília?

Geraldo Resende – Pelo contrário. Dourados vai ganhar oito deputados federais e três senadores, porque eu vou usar de todo o trânsito que tenho junto aos meus colegas de bancada federal, para cobrar deles uma atuação mais efetiva em favor de nossa cidade e região, dando, como contrapartida, o devido crédito ao trabalho que desenvolverem, pois têm de ser valorizados pelos recursos, ações e obras que conquistam para o município. Todos eles tiveram votos em Dourados e vão, por meio de uma parceria constante conosco, devolver isso em recursos e ações, uma vez que sabemos onde estão os recursos, onde buscá-los e onde os parlamentares poderão conquistar os projetos que nossa cidade precisa. Por outro lado, nem eu, nem a população de Dourados podemos ser penalizados porque desempenho um bom trabalho em Brasília. Se este pensamento fosse correto, Campo Grande não teria tido a aprovadíssima administração do André Puccinelli e o Rio de Janeiro não teria e exitosa gestão do prefeito Eduardo Paes, dois ex-deputados federais de destacada atuação.

O Progresso – Mas e a região? O senhor recebeu votação expressiva em diversos municípios, principalmente na Grande Dourados. Ser prefeito de Dourados não significa abandonar os eleitores dessas cidades?

Geraldo Resende – Não. Caso ao final de todo esse processo eu chegue à Prefeitura de Dourados, os municípios da Região terão um prefeito que será aliado de primeira hora de todas as administrações municipais. Penso num projeto regional, que possa levar ao Estado e ao Governo Federal, os anseios coletivos dessa população de quase um milhão de habitantes. Acredito que se atuarmos em bloco seremos muito mais fortes. Isso, sem falar que quando resolvemos os problemas de Dourados, também melhoramos as condições de vida da população das cidades vizinhas.


Geraldo: Estou conversando com todos que não tenham medo de pensar coletivamente e de deixar de lado projetos pessoais

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