Geraldo diz que seu sonho é ser prefeito de Dourados
Deputado fala com orgulho de sua paixão por Dourados e do trabalho que desenvolve pela cidade e por Mato Grosso do Sul
O deputado federal Geraldo Resende é o entrevistado da esdição desta segunda-feira de O PROGRESSO. O parlamentar chegou a Dourados há 43 anos, com apenas 12 anos de idade. Orgulhoso de sua trajetória pessoal e política, considera-se um vencedor. Ex-gráfico do Jornal O PROGRESSO e tendo exercido diversas outras profissões humildes, conseguiu realizar o sonho de ser médico.
Ingressou na política quando ainda cursava medicina, no Ceará, ao participar do movimento estudantil. Foi vereador por dois mandatos, deputado estadual, secretário estadual de saúde e agora deputado federal no terceiro mandato consecutivo.
Fala com orgulho de sua paixão por Dourados e do trabalho que desenvolve por esta cidade e por Mato Grosso do Sul. Nesta entrevista, ele aborda sua atuação parlamentar e o desejo, que nunca escondeu, de poder administrar a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.
O Progresso - Como o senhor avalia o momento político que está vivendo?
R - Penso que estou vivenciando um dos melhores momentos da minha vida política. Desde que assumi o primeiro mandato em Brasília, no ano de 2003, venho trabalhando em projetos que visam, acima de tudo, melhorar a qualidade de vida das pessoas. Muitas dessas propostas sofreram atrasos fenomenais por conta de problemas burocráticos e até de perseguição política, mas, pouco a pouco, eles estão se tornando realidade, e isso me deixa muito feliz.
Que projetos são esses?
Só para se ter uma idéia, hoje existem, nada menos do que dezesseis obras em andamento em Dourados, fruto de nossa ação enquanto parlamentar federal. A maioria na área de saúde e que, quando entregues à população, seguramente vão trazer avanços no atendimento, principalmente às pessoas mais carentes.
Entre elas, destaco a construção de seis novos postos de saúde no Campo Dourado, Jardim Oliveira II, Jardim Monte Alegre, Altos do Indaiá, Jardim Guaicurus e na Vila Industrial; a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA), que está sendo construída na Rua Coronel Ponciano; drenagem e asfalto no Jardim Novo Horizonte, Parque do Lago I e II e três novas praças no Izidro Pedroso, Jardim Canaã III e Córrego Rego d’Água, além da quadra para as pessoas com deficiência, no Centro Dorcelina Folador.
Todas essas ações terão impacto direto nas condições de vida de cada uma das pessoas que moram em Dourados.
Quais são as obras de sua iniciativa que terão início nos próximos dias?
São, pelo menos, dezessete e, da mesma forma, todas projetadas para trazer um impacto muito positivo na vida dos douradenses. Uma delas é a construção do IMC (Instituto da Mulher e da Criança), um novo hospital que será construído em anexo ao Hospital Universitário.
Também garanti recursos para a construção de oito novos postos de saúde nos bairros Jardim América, Estrela Verá, Jardim Marília, Residencial Monte Carlo, Parque das Nações I, Jardim Flórida, Jardim Guanabara e Jardim dos Estados; para a construção e os equipamentos da Clínica da Mulher que será edificada no Jardim Água Boa; e para a reforma do Hospital da Vida.
Esses dois últimos projetos já têm o dinheiro garantido há quase quatro anos, e que poderão começar nos próximos dias, caso a Prefeitura consiga superar todos os entraves. Finalmente, cito a pavimentação asfáltica na Vila Cachoeirinha, para a qual garanti R$ 5 milhões e que será motivo de reunião que terei nesta quarta-feira em Brasília, quando espero a liberação desses recursos para que o asfalto tenha início.
O senhor também tem ações na área de educação?
Inclusive uma delas tem uma simbologia especial para mim e para todos os douradenses da minha geração: a reconstrução da Escola Presidente Vargas. Junto com a luta vitoriosa pela implantação da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), considero esse projeto emblemático porque foi ali, há 40 anos, que adquiri os conhecimentos que me possibilitaram vencer na vida, tornando-me médico e galgando posições na vida pública.
Com esse projeto, que estamos trabalhando em parceria com o senador Waldemir Moka, o governo do Estado e o Ministério da Educação, vamos ter em Dourados uma das mais belas e modernas escolas públicas de nosso Estado, resgatando a pujança que o Presidente Vargas representou na vida de milhares de pessoas e o seu valor histórico, que praticamente se confunde com a história de Dourados.
Não podemos nos esquecer, também, as articulações que estamos fazendo para trazer, para nossa cidade, duas escolas técnicas: uma, do Programa Brasil Profissionalizado, que terá gestão estadual e outra, um Instituto Técnico Técnica Federal, também com a proposta de formar jovens para o exigente mercado de trabalho.
Qual a avaliação que o senhor faz da administração do Murilo Zauith?
Vejo que o prefeito Murilo está cumprindo o compromisso celebrado durante a formatação da aliança que envolveu 15 partidos com o objetivo de recuperar a imagem de nossa cidade, retirando-a das páginas policiais e cuidando dos desafios de melhorar a infraestrutura, a saúde e a educação. Para tanto, ele conta com o apoio total das lideranças desses partidos e vem conduzindo muito bem esse processo. Uma das conquistas deste trabalho é o fato de ele, com sua equipe, ter conseguido destravar projetos que há muito estavam engavetados
Que projetos são esses?
O projeto da praça que será construída no Parque Ambiental do Córrego Rego d’Água é um deles, assim como a retomada dos projetos de construção dos seis postos de saúde que já citei. Também estão sendo feitos todos os encaminhamentos para desencalacrar os projetos de construção da Clínica da Mulher e a reforma do Hospital da Vida. Outra conquista está sendo a revitalização da Praça Antônio João, cujo ato final será a implantação da fonte luminosa musical.
O senhor é um dos que defende que o seu partido, o PMDB, tenha candidato próprio nas eleições do ano que vem. Por quê?
Tenho utilizado uma expressão muito comum no futebol: time que não joga, não ganha torcida e nem conquista campeonato. O mesmo se dá em relação ao nosso querido PMDB douradense, que há mais de 20 anos, mesmo sendo uma das maiores forças políticas de nosso Estado, deixou de entrar em campo e de escalar suas lideranças para a uma disputa onde pudesse colocar em prática seus projetos. Desta vez, no entanto, há uma vontade, já manifestada pelas principais lideranças peemedebistas de que o partido realmente participe da próxima disputa com cabeça de chapa
Esse é um pensamento dos peemedebistas douradenses?
Não se trata de um projeto apenas de âmbito local. É uma proposta estratégica que temos discutido com o presidente nacional do partido, o vice-presidente da República Michel Temer; com o presidente-interino, senador Valdir Raupp; e também com o governador André, o senador Moka e demais lideranças do PMDB regional. Há disposição de lançar candidatura própria a prefeito em todas as cidades do país, principalmente nas capitais e nas cidades com população em torno de 200 mil habitantes. O objetivo é fortalecer o PMDB com vistas às eleições de 2014
Mas o PMDB não faz parte da atual administração? Como ficam os peemedebistas que participam do secretariado e de outros cargos no Executivo Municipal?
Na verdade, o PMDB participa do amplo arco de alianças que ajudou a eleger o prefeito Murilo e tanto eu quando o deputado Marçal, a vereadora Délia temos canalizado todas nossas energias com o propósito de ajudá-lo na difícil tarefa de reconstruir Dourados. O canteiro de obras que a cidade vive hoje, portanto, tem a nossa participação.
Por outro lado, para nós do PMDB, para ajudar a administração não precisamos, necessariamente, ocupar cargos e foi com esse pensamento que o diretório municipal, reunido logo após as eleições do último dia 6 de fevereiro decidiu, por unanimidade, que o partido não iria participar, institucionalmente da administração. Assim, liberou seus filiados para, caso convidados, pudessem, em caráter pessoal, ocupar esse ou aquele cargo na estrutura do executivo municipal, passando, daí, a ser também uma escolha pessoal do prefeito Murilo
Caso o PMDB realmente lance candidato próprio à Prefeitura, então haverá um rompimento político com o prefeito Murilo?
Não vejo dessa forma. O acordo político que firmamos para a eleição do Murilo não será rompido, até porque ele vai até o final da atual administração. Em tendo o PMDB candidatura própria e sendo o Murilo candidato à reeleição, creio que teremos uma boa disputa, no campo das idéias e de propostas para Dourados. Mas acredito que será uma disputa leal, de pessoas que querem oferecer o melhor para a população que é quem, em última análise, sairá ganhando
O senhor é pré-candidato? Nessa condição, como pretende viabilizar sua candidatura?
Sou um dos pré-candidatos, assim como outros peemedebistas, como é o caso do deputado federal Marçal Filho e da vereadora Délia Razuk. Poderemos também, de olho no calendário eleitoral, ter filiações de lideranças que poderão colocar seus nomes. No entanto, precisamos entabular entendimentos para que a definição do nome aconteça com base em critérios, como a realização de pesquisas qualitativas e quantitativas, que serão feitas próximo ao período de convenções, que se darão em junho de 2012.
Logicamente os pré-candidatos que participarem desse processo firmarão o compromisso de apoiar, unanimemente, aquele que for escolhido. Particularmente, vou fazer todos os esforços para conquistar a indicação do meu partido. E, como tenho feito desde que me elegi vereador em 1992, vou trabalhar para realizar sonho de ser o melhor prefeito que esta cidade já teve