Ministério dos Transportes estuda nova ferrovia em MS
O transporte de grãos por ferrovias é três vezes mais barato que pelo modal rodoviário
Deputados da Frente Parlamentar das Ferrovias se reuniram com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira Passos, nesta quinta-feira, 17. Os parlamentares defenderam mais investimentos em linhas férreas para o escoamento da produção do país. O principal argumento apresentado pela Frente foi a economia gerada, quando a produção de grãos é transportada pelo modal.
Estudos demonstram que, a cada quatro dólares gastos no transporte de grãos, por meio de caminhões, três poderiam ser economizados se o veículo utilizado fosse trem.
“Países desenvolvidos e alguns em desenvolvimento já utilizam os trilhos como principal vetor de transporte para a produção agrícola. Temos uma produção pujante, mas enfrentamos este gargalo do transporte. O investimento em ferrovias é a melhor opção”, defendeu o deputado Geraldo Resende, vice-presidente da Frente.
O parlamentar também cobrou os estudos para os traçados alternativos das ferrovias Norte-Sul e Ferroeste. Em fevereiro, as bancadas e os governadores dos Estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, se reuniram com o então ministro dos Transportes Alfredo Nascimento. Na reunião, foi apresentada uma proposta diferente para as ferrovias previstas na primeira etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PACI).
“A intenção é que as ferrovias se liguem em Mato Grosso do Sul ao norte, com a Ferronorte passando pelos municípios de Aparecida do Taboado, Três Lagoas, Nova Andradina, chegando até a cidade de Maracaju e passando por Dourados”, defendeu o deputado.
Geraldo também apresentou a importância da construção de um outro ramal com destino a Mundo Novo, chegando a Guaíra e Cascavel, no Paraná. “Também não podemos esquecer da edificação de uma linha a partir do município de Maracaju até Porto Murtinho”, disse.
Na audiência de fevereiro, foi formado um grupo de estudos com técnicos dos governos Federal e estaduais de Mato Grosso do Sul e do Paraná, para emitir um parecer sobre a viabilidade da edificação dos traçados alternativos. “Entendo que o Ministério passou por uma transição, mas esses Estados não podem esperar. As ferrovias marcaram uma verdadeira revolução no transporte de nossa rica produção”, finalizou.