Geraldo quer solução de entraves para início de obras do Hospital da Mulher

25/03/2015 12h28

O deputado Federal Geraldo Resende está cobrando a solução imediata de entraves burocráticos que impedem a construção do Hospital da Mulher e da Criança em Dourados. Ele considerou absurda a afirmação do Hospital Universitário, em entrevista ao Diário MS, de que o início das obras pode demorar mais de três anos.

"Realmente, é um absurdo supor, em qualquer situação, que a elaboração de projetos e processos burocráticos, demore mais que a execução da obra, propriamente dita. Ainda mais quando se trata de uma obra da área de saúde, tão carente. É ainda mais preocupante principalmente quando o próprio diretor do HU, afirma que a estrutura que existe hoje no Universitário é deficitária e que portanto, as mulheres gestantes enfrentam um verdadeiro calvário na hora do parto devido a superlotação", destacou.

Segundo o parlamentar, que também é médico, esta situação o deixa indignado, mas não conformado. "Para mim, a afirmação do superintendente do Hospital Universitário (HU) de Dourados, Wedson Desidério reafirma o acerto de nossas cobranças, para que esse atraso não ocorra. Assim, reafirmo a disposição de lutar para que nos próximos dias possamos fazer uma reunião com o Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para que se encontre uma solução para o impasse, uma vez que os recursos de R$ 12,9 milhões para o início das obras estão na conta da UFGD desde junho de 2012", destaca.

No último dia 18, o ministro da Saúde Arthur Chioro assumiu o compromisso de intervir pelo encaminhamento de providências visando o início das obras do Instituto da Mulher e da Criança (IMC) de forma imediata.

Geraldo, que foi o parlamentar que solicitou a intervenção e apoio do Ministério da Saúde diz que a primeira providência que deverá ser tomada pelo Ministério da Saúde será a prorrogação do convênio entre o Ministério e a UFGD, que vence no próximo mês de junho.

A solicitação do apoio foi feita por Geraldo Resende em reunião ocorrida no último dia (12) no Ministério da Saúde, da qual participaram, além do deputado e do ministro Arthur Chioro, o governador Reinaldo Azambuja, os senadores peemedebistas Waldemir Moka e Simone Tebet e o secretário estadual de Saúde Nelson Tavares.

Na audiência o governador Reinaldo Azambuja também assumiu o compromisso de envolver o governo do Estado na luta pela construção do IMC em Dourados. A senadora Simone Tebet e o senador Waldemir Moka se comprometeram de trabalhar em parceria com o deputado Geraldo Resende, para ajudar o governo estadual na melhoria da saúde pública do Estado.

Geraldo Resende reafirmou, na reunião, sua preocupação quanto ao futuro do projeto do IMC. “Infelizmente, a UFGD e a EBSERH estão demonstrando que não se importam que o convênio vença e que seja necessário devolver os vultosos recursos arduamente conquistados em Brasília, há vários anos. Por isso, queremos o ministro imbuído na defesa desses recursos para a saúde”, explica.

Os recursos, a que se refere o parlamentar, são os R$ 12,9 milhões que o Ministério da Saúde destinou (pagou) para UFGD em 8 de junho de 2012 para a construção do IMC, com compromisso de a Universidade investir outros R$ 6 milhões, próprios. Ocorre que até o momento não aconteceu nem mesmo a licitação para a escolha da empresa que vai executar as obras. Com isso, o custo estimado para a construção, hoje, é de cerca de R$ 30 milhões.

Como será

O Instituto da Mulher e da Criança será um novo hospital, com atendimento especializado para mulheres e crianças de toda a região, que será construído em anexo ao Hospital Universitário. O projeto consta de um prédio de 8,7 mil metros construídos, com 42 leitos de enfermaria para Obstetrícia; dezesseis leitos de enfermaria para Ginecologia; trinta leitos de pediatria; dez leitos de pediatria de isolamento; doze leitos de UTI Neonatal; 22 leitos de UTI Intermediária; quatro leitos de repouso para acompanhante; seis leitos para isolamento; oito salas para ambulatório; seis leitos para Hospital/dia; quatro leitos para observação; quatro leitos para pré-parto, parto e puerpério; três salas de cirurgias; duas salas para partos; um banco de leite; duas salas de reuniões; e um auditório.

Assistência hospitalar

Além do apoio ao IMC, na reunião com o ministro Chioro o governador Reinaldo Azambuja e os membros da bancada presentes à audiência, solicitaram apoio para o término das obras do Hospital do Trauma de Campo Grande e a celeridade do convênio que possibilitará a conclusão do Hospital do Câncer (HC) também da Capital, e que tem R$ 1,8 milhão já empenhados.

Geraldo Resende, o senador Waldemir Moka e a senadora Simone Tebet, por sua vez, assumiram compromisso de viabilizar suas emendas individuais e de bancada pela Rubrica n.º 30, ou seja, destinadas ao governo do Estado, para investimentos na estruturação da assistência hospitalar.

A aplicação dos recursos do Qualisus em Mato Grosso do Sul também foi discutida no encontro, envolvendo, entre outros projetos, a reforma do Hospital José Simione, de Ponta Porã. Geraldo Resende também solicitou a viabilização de recursos para a implantação de um Centro Especializado em Diagnóstico para Dourados, que poderá ser implantado no local onde anteriormente funcionava o PAM (Pronto Atendimento Médico).



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