Geraldo encampa luta de professores das universidades federais
O deputado Geraldo Resende (PMDB) está encampando a luta dos professores das universidades federais existentes em Mato Grosso do Sul. O parlamentar recebeu na manhã desta segunda-feira membros do comando de greve da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e garantiu empenho na mobilização de outros deputados federais em Brasília, no sentido de intermediar as negociações junto ao Governo federal. Em todo o país as universidades estão em greve. Em Dourados a paralisação já dura 60 dias.
De acordo com carta da Associação de Docentes da Universidade Federal da Grande Dourados, com a greve deflagrada, o governo federal se dispôs a apresentar uma proposta, que segundo a categoria não mostra melhorias.
“Além de não apontar avanços no processo de reestruturação do nosso plano de carreira, a proposta remuneratória, com previsão de cumprimento até 2015, nem repõe as históricas perdas salariais. Da mesma forma conceitos da proposta são flagrantemente inconstitucionais, como a determinação do número de 12 horas/aula e, ao não definir explicitamente os critérios de progressão da carreira, o ferimento do princípio das universidades. Principalmente por esses motivos, os professores da UFGD, em Assembleia no último dia 19, rechaçaram unanimamente a proposta”, diz documento, observando que a greve fica mantida. A carta foi entregue por representantes do comando de greve em Dourados: o professor Omar Daniel, a professora patrícia Vieira Del Ré, o coordenador de Cultura da UFGD Gil Esper e o vice- presidente da AdufDourados, Írio Valdir Kichow.
O deputado Geraldo Resende entende que é preciso a valorização urgente dos professores, profissão que é a responsável pela formação de todas as outras. Geraldo disse que é justa a mobilização em todo o país e que espera uma sensibilidade maior do governo federal no avanço das negociações. “Além de atender a um direito do professor, o executivo estará terminando com uma greve que prejudica alunos, professores e todos os demais segmentos da educação pública no país”, disse.
Entre as principais reivindicações estão a incorporação de gratificações, acréscimo de titulação, melhores condições de trabalho e reestruturação do plano de carreira nos campi criados com o Reuni.
Os professores também pedem aumento do piso salarial dos atuais R$ 557,51 para R$ 2.329,35, valor calculado pelo Dieese como salário mínimo para suprir as necessidades previstas na Constituição Federal e equiparação salarial com os professores do Ministério da Ciência e Tecnologia.