Geraldo cobra controle contra falta de insulina no tratamento do Diabetes
06/11/2018 09h00
O parlamentar defende Plano Nacional para prevenção da doença e insulinas análogas, de ação mais rápida para crianças e adolescentes.
O deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS) defende medidas preventivas contra a falta de insulinas e demais materiais utilizados no controle e tratamento do diabetes no Brasil. Segundo o parlamentar, é constante nos municípios brasileiros a falta de insumos e medicamentos, o que tem colocado em risco a vida de milhares de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O parlamentar participou de sessão solene na Câmara Federal, que destacou a campanha "Novembro Azul", que também é o mês de conscientização sobre a doença.
Para Geraldo Resende, mais do que levar informações sobre a doença e campanhas de conscientização e de estímulo à vida saudável, o poder público precisa garantir o acesso da população aos exames e ao tratamento completo, sem interrupções por falta de insumos. Além disso, segundo Geraldo, o combate ao diabetes deve ser política pública amplamente prioritária.
O parlamentar destaca que dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), confirmam que mais de 16 milhões de brasileiros sofrem de diabetes. Além disso o Brasil já é a quarta nação com o maior número de casos da doença, atrás apenas da China, da Índia e dos Estados Unidos. Nos últimos 10 anos, os casos da doença cresceram 61,8%. Em 2017, no Brasil foram feitas 12.748 amputações decorrentes do Diabetes, ante 11.580 em 2016. Em 2018, até agora, foram 5.566.
Análoga
Geraldo destaca ainda que as insulinas análogas de ação rápida poderão estar disponíveis nas unidades e nos serviços de saúde a partir deste mês. "A promessa do Governo Federal era a de que essa alternativa estivesse a disposição da população no início do ano, porém o Ministério da Saúde enfrenta má gestão na distribuição de medicamentos, dificuldades nas licitações e falta de remédios no mercado. Houve a compra da insulina, mas a União esqueceu as agulhas", lamenta Geraldo.
Conforme Geraldo o medicamento, mais moderno e de efeito mais rápido, será destinado a 100 mil crianças com diabetes mellitus do tipo 1. A substância será armazenada em uma embalagem em formato de caneta, o que deverá facilitar o manuseio durante a aplicação, o reúso do recipiente e seu transporte.Geraldo também destaca que a Câmara dos Deputados aprovou, em 2017, o PL 6754/13, que institui a Política Nacional de Prevenção do Diabetes e de Assistência Integral à Saúde da Pessoa Portadora de Diabetes. O texto obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a adotar política nacional de prevenção do diabetes e de assistência integral à pessoa diabética, incluído o tratamento dos problemas de saúde relacionados à doença. A matéria ainda será apreciada pelo Senado Federal.
Complicações
Há graves problemas de saúde comumente associadas ao diabetes, como infarto do miocárdio, diversas infecções, perda da função renal, enfraquecimento muscular e redução da acuidade visual. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Hermelinda Cordeiro, as mortes no Brasil em decorrência de diabetes ainda são elevadas. "As complicações causam não só alteração na qualidade de vida, como também um impacto socioeconômico importante. Portanto, nós temos o dever de lutar para melhorar as oportunidades de terapias em nosso país", afirmou.
Para Hermelinda, é preciso avançar e obter uma melhoria de medicamentos e de condições de controle da doença no serviço público de saúde. "Não é possível mais que as pessoas que não têm condições socioeconômicas e financeiras não tenham a oportunidade de receber os mesmos insumos, os mesmos controles, as mesmas oportunidades que as pessoas que representam a parcela tão pequena do nosso país, que tem poder aquisitivo maior"