Geraldo apoia manifestações e diz que governo Dilma Roussef está chegando ao fim
15/03/2016 12h02
O deputado federal Geraldo Resende (PMDB) participou das manifestações que aconteceram em Dourados, no domingo (13) em favor do "impeachment" (impedimento, afastamento) da presidente Dilma Roussef. Segundo ele, cerca de 10 mil pessoas estiveram na Praça Antônio João, clamando pelo fim da corrupção, apoiando a Polícia Federal, a operação "Lava Jato" e o juiz Sergio Moro, e se posicionando contra o governo federal.
Segundo o parlamentar, o povo brasileiro saiu às ruas de forma pacífica e ordeira, fazendo a maior manifestação já vista na história do país. Para o deputado, isso demonstra maturidade da população e a indignação de quem não mais vai tolerar os desmandos na vida pública.
Geraldo Resende disse que também foi às ruas, num gesto coerente com sua vida pública, pois ao longo de sua história, sempre combateu a corrupção e teve compromisso com a ética. "Desde a última eleição, embora o meu partido oficialmente esteja na base aliada, sou da ala oposicionista do PMDB, justamente por discordar das ações deste governo".
Na oposição
O deputado lembra que na formatação da chapa para disputar a presidência da República, juntamente com o ex-prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad e o ex-deputado federal Fábio Trad (convencionais do PMDB de Mato Grosso do Sul junto ao Diretório Nacional), votou contra a aliança do partido com o PT.
Naquele pleito, no primeiro turno Geraldo Resende apoiou, num primeiro momento, o candidato do PSB Eduardo Campos e, após o falecimento do mesmo num acidente aéreo, a candidata Marina Silva. Não sendo eleita Marina, no segundo turno Resende adefendeu a candidatura de Aécio Neves.
Desde então, coerente com seu descontentamento com os rumos do atual governo, Geraldo Resende manteve-se na oposição, compartilhando com parcela significativa da população, a defesa do "impeachment". Assim, no dia 8 de dezembro do ano passado, o deputado foi eleito suplente da chamada "chapa alternativa" da Câmara dos Deputados que iria conduzir o processo de impedimento naquela Casa.
Ocorre que no dia 17 de dezembro, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu anular a eleição da chapa alternativa. No dia 1.º de fevereiro deste ano, a Mesa da Câmara dos Deputados, protocolou no STF um recurso questionando a decisão, o qual possivelmente será analisado pela Corte essa semana.
"Portanto, desde o começo desse processo, me posicionei a favor do impeachment da presidente, e se o STF considerar válida a chapa alternativa, estarei fazendo parte da Comissão que vai conduzir os trabalhos", explica Geraldo Resende. "Se a classe política assimilar o recado que a população deu nas ruas, o governo de Dilma Roussef está mesmo chegando ao fim", conclui o parlamentar.