Geraldo aciona MPF para HU-UFMS ativar aparelho encaixotado há 4 anos
26/10/2017 12h08
O deputado federal Geraldo Resende (PSDB) ingressou com representação junto à Procuradoria da República em Campo Grande com pedido de instauração Inquérito Civil Público para apurar as responsabilidades pela não utilização do Equipamento de Hemodinâmica no valor de R$ 1,3 milhão que está há quatro anos sem uso e encaixotado em depósito do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) de Campo Grande. A unidade, que é Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (HU-UFMS) é gerida pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).A falta de ativação do equipamento, que foi adquirido em 2013 com recursos garantidos pelo deputado Geraldo Resende, está prejudicando o atendimento aos pacientes com problemas cardiovasculares. Por isso, o parlamentar pede ao Ministério Público Federal (MPF) a ativação imediata do equipamento que corre o risco de ficar obsoleto por falta de uso.
As ações de Geraldo Resende para viabilizar o aparelho de hemodinâmica começaram em 10 de dezembro de 2008, quando o deputado enviou ofício número 431/2008 à gestora Celia Maria Oliveira, então reitora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), informando que havia viabilizado junto ao Ministério da Saúde recursos da ordem de R$ 1 milhão para aquisição de equipamentos de hemodinâmica para Hospital Universitário, cujo o pré-projeto foi identificado com o número 15461.510000/1080-10.Em 16 de fevereiro de 2009, o deputado enviou ofício a Ediberto de Freitas Reverdito, então presidente do Conselho Municipal de Saúde de Campo Grande, e à Edelma Lene Peixoto Tibúrcio, então presidente do Conselho Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, informando que um ano antes havia viabilizando R$ 1 milhão para a aquisição de equipamentos para serviço de hemodinâmica para o Hospital Universitário da UFMS e que até aquele momento os recursos estavam parados dependente de projeto junto na Caixa Econômica Federal.
Na representação, o deputado relata ainda que em 5 de outubro de 2009 enviou ofício à senhora Célia Maria Oliveira, então reitora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (FUFMS), informando que que a Nota de Crédito n.º 400289 no montante de R$ 1.000.000,00 destinados a aquisição de equipamentos para o serviço de hemodinâmica do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, havia sido empenhada e que caberia à Reitoria da UFMS realizar o processo licitatório para aquisição dos equipamentos.
O equipamento foi, enfim, adquirido em 2013, mas passados quatro anos ainda está encaixotado no almoxarifado do HU-UFMS. No dia 1 de setembro de 2017, o deputado enviou ofício a Marcelo Augusto Santos Turine, Reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, solicitando informações sobre o aparelho de Hemodinâmica e informou ao reitor que havia tomado conhecimento que esses equipamentos ficaram encaixotados por muito tempo nos corredores do hospital.
Em visita ao HU-UFMS, o deputado cobrou pessoalmente do Reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul que fossem tomadas providências imediatas para solucionar todos os entraves para instalação do equipamento, uma vez que a não instalação gera enormes prejuízos à população atendida pelo hospital, além de ser um crime de responsabilidade.
Por diversas vezes, Geraldo Resende realiza visitas ao Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (HU/UFMS), sendo que em algumas vezes foi mostrado o equipamento que se encontrava num dos corredores da unidade hospitalar, encaixotado. "Nesse período aconteceu a chamada operação Sangue Frio, deflagrada pela Polícia Federal, que envolveu a direção do HU/UFMS no setor de cirurgia cardíaca, com o envolvimento inclusive do responsável à época pelos serviços de hemodinâmica", destacou Geraldo.
Ele lembra ainda que após a administração do hospital passar para a EBSERH, esteve em visita ao HU com a então superintendente do hospital, Dra. Andreia Conceição Milan Brochado Antoniolli Silva, que lhe reportou que o equipamento estava no almoxarifado do hospital. "Numa dessas visitas, a ex-superintendente do HU nos reportou que estava fazendo todos os encaminhamentos necessários à sede da EBSERH, para conseguir recursos para construção de um local adequado para instalação do equipamento", ressaltou Geraldo.
O deputado aproveitou solenidade de entrega do tomógrafo no Hospital do Câncer Alfredo Abrão, no começo de outubro, em Campo Grande, para cobrar publicamente a instalação adequada do equipamento. "Se ele estivesse em uso, já teria ajudado a salvar muitas vidas, tendo em vista que é através do cateterismo que se faz o estudo da dinâmica circulatória cardíaca, que consiste na inserção de cateteres", ressaltou.
Agora, com pedido de instauração de Inquérito Civil Público pelo MPF, o deputado acredita que o equipamento de hemodinâmica será, enfim, instalado pela atual direção do HU-UFMS.