UFGD mostra plano de gestão para a Vila Olímpica Indígena
Deputado Geraldo Resende vai levar proposta ao Ministério do Esporte e reivindicar recursos para atividades esportivas, recreação, cultura e lazer
O deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS) se reuniu nesta sexta-feira, 1º de julho, com o reitor da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Damião Duque de Farias, junto com o diretor da Faculdade de Educação, Reinaldo dos Santos, o coordenador de Extensão, Ademir Antunes Moraes, a coordenadora de Serviços Gerais, Angela Plotzki, e o chefe da Divisão Técnica da Funai em Dourados, Vander Nishijima, para analisar o plano de gestão da Vila Olímpica Indígena de Dourados.
Geraldo pediu que a UFGD propusesse o plano depois que o Estado e o Município descartaram qualquer participação ou investimento no local, alegando que a área indígena é de responsabilidade da União.
O deputado, autor das emendas que garantiram recursos para a construção da obra, inaugurada em 9 de maio, lamentou o fato de o governo estadual e a Prefeitura ‘lavarem as mãos’ em relação à ativação daquele espaço, lembrando que o fato da reserva indígena se localizar dentro do município, Dourados é beneficiada com recursos federais e estaduais, como o ICMS Ecológico, criado para compensar a “não-exploração” econômica nas aldeias. “A responsabilidade sobre políticas de atenção à população em situação de vulnerabilidade não é só da União”, diz.
Plano de Gestão
De acordo com a proposta de gestão apresentada pelo reitor da UFGD, a Vila Olímpica Indígena teria uma administração geral e atividades desportivas, culturais e de lazer entre às 9h e 21h, seis dias por semana, incluindo sábados, domingos e feriados. Para viabilização da administração, deve ser firmado contrato com a Fundação de Apoio da UFGD (Funaepe) com Ministério da Justiça ou Ministério do Esporte. A proposta é que o convênio seja renovado a cada quatro anos.
Geraldo se comprometeu em seguir na peregrinação ministerial para buscar recursos ao plano de gestão apresentado pela UFGD, que projeta orçamento anual de R$ 1,4 milhão. O dinheiro custearia o quadro de pessoal necessário à administração e desenvolvimento de atividades de recreação para crianças e adolescentes, esportes, competições periódicas para jovens e adultos, educação física em colaboração com a rede escolar, projetos culturais, fornecimento de material escolar e vestuário à prática esportiva, duas refeições diárias e materiais esportivos.
Independentemente do mérito e por quais motivos o Estado e a Prefeitura não querem assumir a gestão, o deputado diz que seguirá honrando o compromisso assumido com lideranças indígenas para que a Vila Olímpica seja um “monumento à vida”, garantindo a mais de 5 mil crianças e jovens o acesso a atividades que possam garantir a sua formação física e moral. “Vamos fazer todo esforço para que esse espaço privilegiado não se torne um elefante branco e sim um local de construção da cidadania”.