Geraldo cobra responsabilidade da UFGD por suspensão de estágio no HU
08/08/2015 11h00
Atividades de estágio exercidas por acadêmicos de Medicina da instituição estão suspensas desde quarta-feira (5); deputado alerta sobre impacto no atendimento à população.
O deputado federal Geraldo Resende cobra responsabilidade por parte da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) em relação ao funcionamento do Hospital Universitário (HU) durante o período de greve. Na sexta-feira (7), o parlamentar ouviu acadêmicos do curso de Medicina que denunciaram a suspensão das atividades de estágio dentro do HU.
“Os alunos não estão contra a greve, mas a suspensão das atividades práticas, que chamamos no curso de Internato, impacta diretamente na quantidade e na qualidade de atendimentos do HU”, alerta o parlamentar.
Cerca de 100 alunos dos 5.º e 6.º anos do curso de Medicina atuam em estágios no HU e nos postos de saúde da cidade. No entanto, desde a última quarta-feira (5), os estudantes estão impedidos de exercerem as atividades nas unidades.
“Sem os internos, as equipes do hospital ficam ainda mais sobrecarregadas e isso certamente compromete os cuidados com pacientes e a humanização dos atendimentos”, explica o acadêmico do 6.º ano de Medicina, Renato Cazanti.
“Outro prejuízo é em relação à suspensão dos ambulatórios de ensino. No HU temos ambulatórios de assistência e ambulatórios de ensino em várias especialidades médicas que só existem graças à presença dos acadêmicos no setor. Com a saída desses alunos, esses ambulatórios não têm razão de existir”, defende a estudante Sabliny Carreiro, também do 6.º ano do curso.
O HU é considerado um hospital estratégico para Dourados e para toda macrorregião, que compreende 34 municípios. Atualmente, o hospital dispõe de 192 leitos.
Reunião
Na próxima segunda-feira (10), os acadêmicos dos 5.º e 6.º anos do curso de Medicina devem solicitar, durante reunião extraordinária do Conselho de Ensino Pesquisa, Extensão e Cultura da UFGD (CEPEC), que o Internato seja considerado situação de “exceção” durante o período de greve.
Esta será a segunda vez que o curso de Medicina fará o pedido ao órgão. Na primeira vez, o Cepec deliberou desfavoravelmente à manutenção das atividades de estágio no HU.
Os acadêmicos já fizeram um abaixo-assinado e já recorreram ao Ministério Público Federal para resolver a situação. O deputado Geraldo Resende afirma que espera que o “senso de responsabilidade” prevaleça para a decisão do órgão.
“Nós concordamos com o direito de greve, com direito de reivindicar por melhorias na educação, mas não concordamos com a suspensão do Internato. A população depende do HU e será prejudicada com a saída dos internos do hospital”, enfatiza Sabliny.