Geraldo apoia reivindicações dos professores municipais
Deputado diz que se Município “enxugar a máquina”, sobrarão recursos para remunerar melhor e contratar mais professores
O deputado federal Geraldo Resende (PMDB) manifestou-se, nesta terça-feira (3), favorável às reivindicações dos professores e técnicos administrativos da rede municipal de ensino de Dourados. O parlamentar defende o cumprimento do piso nacional dos professores, que é de R$ 1.451,00 para 40 horas/aula, além da redução da hora atividade, de 1/4 para 1/3.
“A Prefeitura deve, sim, cumprir o piso nacional dos professores, construído com muita luta da categoria em todo o país, conforme foi aprovado pela Câmara Federal”, afirma Geraldo Resende. “Somente com professores valorizados é que vamos ter uma educação de qualidade, que é fundamental para que o país recupere seu atraso em muitos setores”.
Os professores e técnicos administrativos das escolas municipais de Dourados cobram, ainda, redução do percentual de repasse financeiro dos salários dos trabalhadores para a CASSEMS e revisão do adicional para aposentados. Eles se reuniram na manhã desta terça-feira (3) e rejeitaram uma contraproposta apresentada pela Prefeitura. Além disso, aprovaram indicativo de greve a partir do próximo dia 10.
“A administração municipal deve iniciar uma fase de negociação com o magistério municipal, porque os maiores prejudicados com uma eventual greve, serão os estudantes. As reivindicações dos professores são justas e estão dentro da legalidade. É preciso buscar os instrumentos para colocá-las em prática”, salienta o deputado.
Segundo informações da diretoria do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted), a assembleia reuniu aproximadamente 300 trabalhadores, entre professores e técnicos administrativos. “A grande maioria dos servidores se mostrou revoltada com a contraproposta apresentada pela Prefeitura, que foi bem inferior àquilo que estamos reivindicando”.
De acordo com o Simted, o Município alega que não tem condições de cumprir com as exigências legais e por meio de ofício encaminhado ao Sindicato, fez uma contraproposta de 10% de reajuste salarial, em três vezes, deixando de fora, porém, os técnicos os técnicos administrativos que atuam nas escolas municipais e Ceims.
“Com isso, trabalhadores como assistentes pedagógicos, secretários, vigias, merendeiras e membros das equipes de limpeza não terão aumento salarial esse ano, já que houve apenas um anúncio, verbal, de aumento de 7% aos técnicos administrativos, porém essa proposta não foi feita de forma oficial”, disse a fonte do Simted.
Segundo Geraldo Resende, caso a Prefeitura promova um processo de enxugamento da máquina administrativa, conforme compromisso assumido no início da atual gestão, “sobrarão recursos para o cumprimento do piso salarial nacional, bem como para a contratação de mais professores, o que possibilitará a redução da hora atividade, para que os educadores tenham mais tempo de preparar as aulas e provas”.