Em Brasília, Geraldo intervém por fim da greve nas universidades
09/08/2012 12h46
Pronunciamento do deputado federal Geraldo Resende (PMDB) em Brasília na última quarta-feira cobrou medidas emergenciais do Governo Federal, no sentido de que avance nas negociações com técnicos e professores das universidades federais de todo o país, encerrando assim a greve que já dura há 2 meses.
Resende apelou ao Ministério da Educação enfatizando que são mais de 500 mil alunos em todo o país fora da sala de aula desde o dia 17 de maio, quando teve início as paralisações. “No meu estado de Mato Grosso do Sul, mais de 1 mil professores federais, Além dos técnicos administrativos aguardam uma melhor proposta do Governo federal que assegure um plano de carreiras digno. Enquanto isto não acontece, somente na região sul do Estado, a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) já deixa 6.600 alunos sem aula. Destes 5.700 são estudantes de graduação e 900 de pós graduação”, destaca.
Geraldo considera o fato extremamente preocupante porque os alunos estão correndo o sério risco de sofrer mudanças radicais no calendário escolar com as reposições que podem influenciar no período de férias dos estudantes. “Além disso, os formandos que se prepararam durante anos para a tão sonhada cerimônia de Formatura, poderão sofrer graves prejuízos financeiros, gerando impacto econômico ao comércio do ramo, que movimenta os municípios”, disse.
Em Mato Grosso do Sul, as últimas propostas foram rejeitadas por unanimidade pelos professores e técnicos administrativos por não atenderem o mínimo reivindicado pelas categorias. “Na minha cidade de Dourados, o Sindicato dos Professores Federais afirma que além de não apontar avanços no processo de reestruturação do nosso plano de carreira, as últimas propostas remuneratórias do Governo Federal, com previsão de cumprimento até 2015, nem repõem as históricas perdas salariais. É o caso da proposta de aumento em 40% que vem sendo divulgado pelo Governo Federal. Os professores afirmam que este percentual é maquiado e que não atinge valor real sequer no salário”, destaca.
Geraldo Resende fez um apelo ao Governo Federal para que tenha maior flexibilidade e avance nas negociações, dando um ponto final a greve e valorizando os técnicos e professores que são os maiores responsáveis pela educação e consequentemente pelo desenvolvimento de um país. “É justa a mobilização em todo o país e espero uma sensibilidade maior do governo federal nas propostas que estão sendo apresentadas. Além de atender a um direito, o executivo estará terminando com uma greve que prejudica alunos, professores e todos os demais segmentos da educação pública no país”, finalizou.