Começa a reconstrução da Escola Presidente Vargas
Começou ontem a reconstrução da “nova” Escola Estadual Presidente Vargas, em Dourados. Os funcionários da Luca Assessoria Empresarial Ltda, empreiteira responsável pelas obras, já deu início ao processo de demolição do prédio e uma equipe de seis trabalhadores já retirou parte do telhado e forro do 1º bloco da escola. De acordo com o mestre-de-obras Francisco Romero Tomiati, a previsão é de que até o próximo dia 17, os tratores da empresa façam a demolição do prédio. Segundo ele, nos próximos dias, 25 trabalhadores estarão envolvidos na obra.
Ontem, no primeiro dia de trabalho do grupo já chamou a atenção de quem passava pelo local. O autônomo Francisco Osmar se diz emocionado. “Eu passei boa parte da minha vida nesta escola. Vinha aqui para visitar o meu tio que morava aos fundos do colégio. Tenho muitas recordações agradáveis daqui. Esta reconstrução será muito boa porque vai valorizar a área central de Dourados e incentivar os alunos nos estudos”, disse.
O diretor atual da escola, Nei Elias Coinethe, diz que a comunidade escolar está vibrando com o início das obras. Depois que a estrutura do prédio foi condenada, a escola está em local improvisado no Jardim Europa. “Foram dois anos muito difíceis porque os alunos moram longe do novo local. A adaptação ocorre aos poucos mas muitos continuam sofrendo com a distância e a chegada no horário certo. Apesar das dificuldades, agora os alunos estão com a integridade física garantida”, acrescenta, lembrando que na antiga estrutura tinha esgoto estourado, as paredes estavam rachadas e o teto estava desabando.
“Quando vimos que as obras começaram, tivemos nossas forças e entusiasmos renovados. A comunidade escolar está anciosa para ter a nova escola. Tudo que sai na imprensa é arquivado e vira material para pesquisa. Estamos já pensando na campanha 56 anos da escola e tudo está sendo trabalhado em sala de aula. Queremos preservar a história da Presidente Vargas, que fundada em 1955, se confunde com a história de Dourados”, comemora.
Além das reformas e ampliações, o projeto prevê a construção de um anfiteatro, restauração total do prédio e instalação de equipamentos modernos, restabelecendo o número de salas de aula, além dos setores administrativos, estrutura para prática de esportes e laboratórios.
Também está prevista a preservação de toda a fachada histórica, em suas características originais, além da demolição total da parte dos fundos e construção de um novo pavilhão com dois pavimentos, laboratórios e área pedagógica com 24 salas de aula. Na área restaurada serão construídas salas para biblioteca, secretaria, direção e recepção. A previsão é de que o ano letivo de 2013 já funcionará no prédio reconstruído.
O início das obras está sendo possível através da contratação da empresa vencedora do processo de licitação. A assinatura por parte do governo do Estado ocorreu no último dia 22 e teve seus extratos publicados no Diário Oficial do Estado no último dia 27.
O projeto vem sendo encaminhado nas diversas instâncias desde 2009 e os recursos foram garantidos depois de diversas articulações, somando emendas do deputado Geraldo Resende e do senador Waldemir Moka, a contrapartida do governo do Estado e os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. São mais de R$ 5 milhões em investimentos.
Do Jornal O Progresso