Deputado apóia pedido de taxistas
Deputado pede alteração de decreto que proíbe taxistas de fazerem transporte intermunicipal de passageiros
O deputado federal Geraldo Resende (PMDB) está solicitando ao Governo do Estado a alteração do decreto nº 9.234, de 12 de novembro de 1998, assinado pelo então ex-governador Wilson Barbosa Martins, que limita a atuação dos taxistas em todo o Estado.
O decreto proíbe o trânsito de táxis, fora dos limites dos municípios sedes da autorização do serviço, impedindo os profissionais de fazerem o transporte intermunicipal de passageiros. Conforme o deputado, a regulamentação tem atrapalhado a atuação categoria, principalmente daqueles profissionais que atuam nos municípios turísticos do Estado, onde a procura pelas corridas intermunicipais é grande devido à grande concentração de visitantes.
O deputado cita como exemplo os municípios da serra do Bodoquena e superfícies do Pantanal, região que concentra o turismo ecológico de Mato Grosso do Sul. Conforme Geraldo, nestes municípios, o deslocamento dos visitantes demanda presteza e agilidade para acessar os pontos turísticos, tornando os táxis o meio mais apropriado para a flexibilização do transporte desses passageiros.
“A permissão para que os taxistas possam transportar passageiros de um município para o outro certamente será um estímulo ao setor do turismo, além de ampliar a capacidade de trabalho dos taxistas. Por isso, estamos sugerindo ao Governador André Puccinelli a revisão desse decreto”, comentou Geraldo.
Segundo o presidente do Sindicato dos Taxistas de Aquidauana e Anastácio, Nei Martins, a proibição estabelecida pelo decreto está inviabilizando o setor. “Se uma pessoa quiser ir de táxi, de Aquidauana a Campo Grande, o taxista de Aquidauana pode levar o passageiro somente até a ponte de Anastácio. Em Anastácio, o passageiro terá que pegar outro táxi; o taxista de Anastácio, por sua vez, pode transportar o cliente somente até a divisa com Dois Irmãos do Buriti, e assim por diante”, explica.
Por isso, o sindicalista reivindica a alteração do decreto. “Não estamos pedindo para atuar como taxistas em municípios vizinhos. Queremos a permissão para transportar um cliente de um município até outro, e isso não quer dizer que o taxista de uma cidade vai exercer a profissão em outra, mas apenas aguardar pelo cliente para poder trazê-lo de volta”, ressaltou.
Opinião semelhante tem o presidente do Sindicato dos Taxistas de Dourados e Região, Vanderlei Pereira Barros. “A alteração desse decreto seria de fundamental importância para a categoria, que hoje sofre uma limitação inexplicável ao exercício de sua profissão, cuja revogação traria ganhos não apenas para o setor, mas para a economia de maneira geral”.