André diz que seria infiel se não apoiasse o PMDB

O governador André Puccinelli (PMDB) já começa a dar mostras de que deverá apoiar um correligionário na disputa pela Prefeitura de Dourados em 2012. Descontraído e bem humorado, o chefe do Executivo sul-mato-grossense falou com exclusividade ao Canal boavida e ao Diário MS sobre seus planos eleitorais para o ano que vem. Direto, disse que a pressão peemedebista por um candidato próprio no próximo pleito é maior do que a de 2010.

Sem meias palavras, Puccinelli adiantou que os três nomes do PMDB para a disputa douradense criaram um consenso quanto ao candidato para o pleito. Délia Razuk e Marçal Filho teriam, segundo o governador, “ungido” Geraldo Resende como a bola da vez.

“Dourados tem o bigodudo do Geraldo [Resende] que quer ser candidato. Na outra eleição havia a mesma vontade de ter candidato próprio, mas apoiaram o Murilo [Zauith]. Agora, parece que a vontade é bem mais forte”, ressaltou. Para Puccinelli, desde que o nome escolhido seja de um gestor “competente, eficiente, correto” e que pertença ao grupo de aliados políticos, não há motivos para deixar de apoiá-lo.

O mandatário do governo sul-mato-grossense afirmou também que a escolha de um nome entre os três pretensos postulantes à disputa, está a critério deles mesmos. “Disse a eles: vocês definam primeiro, depois eu entro em campo”, explicou.Puccinelli citou o nome de Murilo Zauith (PSB). O prefeito de Dourados foi lembrado como alguém de sua estima. Contudo, a ânsia peemedebista por concorrer ao cargo ocupado atualmente pelo socialista parece não dar margens de escolha ao governador. Segundo ele, a ambição de seus correligionários pela gestão da segunda maior cidade do Estado deve lhe afastar do companheiro de governo do primeiro mandato. “Eu seria infiel partidariamente se não apoiasse alguém do meu partido. Eu apoio, mas com o coração na mão”, revelou.

Sucessão

Quanto à sucessão no Governo do Estado, Puccinelli esclareceu que a aproximação com o senador Delcídio do Amaral (PT) seria improvável. O petista foi lembrado com elogios pelo governador, mas as distâncias ideológicas entre as duas siglas foram apontadas como entrave numa possível aproximação. “O Delcídio é muito inteligente. Eu costumo dizer que ele é um muçum ensaboado. Ele escorrega. Você não consegue segurar o bicho”, brincou, para lembrar que “apesar de ser amigo dele, vou ter que apoiar meu partido”.

Entre seus correligionários, o governador elencou os nomes de Nelson Trad Filho (prefeito de Campo Grande), Simone Tebet (vice-governadora) e Edson Giroto (deputado federal), além do também deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), como potenciais candidatos. “É um ciclo que se renova”.

Do Diário MS



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